Celacanto

O celacanto é da era devoniana, cêrca de 410 milhões de anos, e desapareceu no final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos atrás, quando os dinossauros foram extintos.Presume-se que êle seja primo do Eusthenopteron, ancestral dos anfíbios, répteis e mamíferos. Uma teoria que gera muita controvérsia.

Os celacantos são peixes muito especiais e, quando foram descobertos, foram considerados fósseis vivos. A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes
Latimeria chalumnae
Latimeria chalumnae

Quando se descobriu o primeiro exemplar vivo, em 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de Coelacanthiformes que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes se encontravam extintos desde o período Cretáceo.

Neste momento, já se conhecem populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto, ver abaixo).

Muitos acreditam que o celacanto é um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.
Mas ele foi encontrado em East London, em 23 de dezembro de 1.938!

Um fóssil vivo!

Na época, Marjorie Courtenay-Latimer era curadora do East London Natural History Museum, tinha construído boas relações com os pescadores, e interessada em colecionar peixes para seu museu, sempre estava no porto para vê-los, quando os barcos voltavam da pescaria. E entre os peixes pescados pelo Capitão Hendrick Goosen, no pesqueiro Nerine, ela notou um peixe, já tendo a certeza que era o celacanto. O capitão lhe informou que o havia pescado perto de Chalumna River, no Oceano Índico. Foi difícil manter o peixe em boas condições, devido a falta de equipamento adequado. Ao ver a carta e o desenho de Marjorie Courtenay-Latimer, o Professor J.L.B. Smith, do Rhodes University, Grahamstown, ficou surpreendido ao reconhecer no desenho o celacanto, porque era sabido que o celacanto havia sido extinto e apenas um fóssil.

Essa descoberta causou um frenesi no mundo inteiro. Era a descoberta mais importante do século. Eram três celebridades: o celacanto, Marjorie e o professor Smith. Esse celacanto recebeu o nome científico Latimeria chalumnae. Mais tarde ela diria the most beautiful fish I had ever seen, five feet long, and a pale mauve blue with iridescent silver markings.

Expedições se formaram e percorreram o mundo inteiro à procura do celacanto, sendo até oferecido um prêmio de £100. O Professor Smith distribuiu panfletos em locais onde havia probalidade da existência do celacanto, com a ajuda do Capitão Eric Hunt. No panfleto havia as instruções Do not cut it or clean it or scale it, but take it at once to some responsible person.

Catorze anos mais tarde, em 21 de dezembro de 1.952, Ahamadi Abdallah tinha pescado o peixe chamado mame or Gombessa, em Comoros, na ilha de Anjouan. Ao vê-lo, o capitão Eric Hunt, imediatamente, telegrafou várias vezes ao professor Smith, preocupado com a manutenção do celacanto. Eric Hunt tinha se comprometido a dar notícias do celacanto, caso fosse encontrado. Ficaram aguardando o comparecimento do professor Smith, mas na época as viagens eram dificultosa, e quando o professor Smith chegou à ilha, e viu o celacanto morto, chorou. Era realmente um celacanto! O professor chamou esse celacanto Malania anjouanae.

Em 1.997, Arnaz Erdmann em sua viagem de lua-de-mel viu o celacanto na Sulawesi, de côr marrom, chamado pelos indonésios de rajah laut. Recebendo o nome científico de Latimeria menadoensis.
1.998. Photograph by Mark V. Erdmann, July 1998. Recebeu o nome científico Latimeria menadoensis.

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