As Redes de Sustentabilidade da Pecuária e Pesca no Pantanal serão avaliadas, de forma conjunta, durante um workshop promovido pelo Centro de Pesquisa do Pantanal – CPP, de 5 a 7 de maio, no Hotel Fazenda Mato Grosso. Este é o quarto encontro promovido pelo CPP com este enfoque.
O secretário executivo do CPP, Paulo Teixeira de Sousa Jr, lembra que o objetivo principal é tornar o sistema pecuário pantaneiro mais competitivo sem prejudicar o meio ambiente e desenvolver projetos que embasam, de forma sustentável, o manejo da pesca, segunda atividade econômica mais tradicional na região.
O IV Workhop de Avaliação Conjunta das Redes de Sustentabilidade da Pecuária e Pesca no Pantanal vai reunir pesquisadores e fazer uma ampla avaliação dos projetos que estão sendo desenvolvidos.
Sandra Santos, da Embrapa Pantanal, coordena as atividades da Rede Pecuária, visando à integração dos grupos e instituições de pesquisa que trabalham com pecuária no Pantanal. Os projetos já têm apresentando resultados consistentes para a comunidade pantaneira. “Foram focados vários trabalhos básicos e participativos, que atenderam diversas demandas feitas pelos produtores rurais e comunidade, gerando conhecimentos práticos e subsidiando políticas publicas para o Pantanal”, relata Sandra.
A Rede Pecuária do CPP dará seqüência ao trabalho gerando conhecimentos técnicos e científicos para valorizar e incrementar a produtividade do gado de corte no Pantanal. “Levando em consideração as peculiaridades ambientais, sociais, culturais e econômicas dos diferentes ecossistemas, que darão subsídios para o desenvolvimento de modelos sustentáveis de produção animal e definição de políticas publicas adequadas para a região”, enfatiza Sandra Santos.
A coordenadora dos projetos na área da pesca, Emiko Kawakami Resende, da Embrapa Pantanal, também vai apresentar os resultados do projeto que ela desenvolve avaliando os reflexos da inundação sobre a riqueza e biodiversidade de peixes na porção sul do Rio Paraguai (Baía dos Papagaios). Segundo Emiko, pela primeira vez foi realizado um trabalho amplo de análise da água e da vegetação daquela região, avaliando a riqueza e diversidade dos peixes, a dieta alimentar, além da estratégia de ocupação visando a reprodução e a alimentação das espécies lá encontradas, sempre considerando as alterações no nível do rio. “Atingimos nossos objetivos e estamos muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido, não tenho dúvidas que será muito importante para auxiliar na sustentabilidade do Rio Paraguai”, enfatiza Emiko Resende.
Autor: Silvana Ribas – Gazeta Digital