A importância de se conhecer a biodiversidade de uma área de preservação em Sergipe tem sido vivenciada por alguns pesquisadores ambientais. Com o objetivo de coletar dados da Flora e da Fauna, tornando público o grau de conhecimento desses ecossistemas, vêm sendo realizadas desde agosto último coletas de espécies não identificadas na maior lagoa do Estado, na Área de Preservação Ambiental (APA) Litoral Sul.
Durante a manhã e tarde dessa quinta-feira, 12, deu-se início a mais uma coleta na Lagoa Azul, área fruto de pesquisas. Desta vez, coletaram-se outras espécies aquáticas, anfíbios e répteis e começou o estudo de parasitas em peixes identificados, em coletas anteriores.
De acordo com o biólogo e gestor da sede administrativa da APA Litoral Sul, Paulo César Umbelino, a Lagoa Azul, além de ter se tornado foco em pesquisas ambientais como identificação de espécies animais e botânicas, recebeu também durante o mês de setembro uma análise da qualidade de sua água, cujos resultados servirão de base para outras pesquisas.
“A DESO realizou uma análise de controle da qualidade de água aqui na Lagoa Azul. Passada a análise, nos forneceu os resultados em que foram constatados coliformes, uma bactéria cientificamente conhecida por Escherichia Coli e ainda caracterizou o Ph Ácido da água com tendência a ser corrosiva”, informou o biólogo.
Pesquisas
Iniciadas no mês de agosto, as coletas de espécies não identificadas na área de preservação ambiental da Lagoa Azul vem sendo trabalhadas primeiramente pelo professor de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Marcelo Brito, que ficou responsável pelo levantamento de peixes e fez um convite a demais pesquisadores da universidade, uma vez constatado a existência espécies desconhecidas.
“Foram coletados e feito o levantamento de peixes aqui nesta área de preservação. Percebendo a presença de parasitas não-identificados nos peixes já identificados, fizemos um convite ao professor Rogério Vianna, do Núcleo de Pesca da UFS, com o propósito de realizar uma coleta mais específica desses parasitas”, esclareceu.
Outras coletas
Foram realizadas também coletas de espécies ainda não identificadas na Lagoa Azul. Segundo o professor do Núcleo de Pesca da UFS, Leonardo Rosa, o dia foi de preparo para identificação de outras espécies e de expansão da área de coleta.
“Como já trabalho com vertebrados aquáticos e tenho interesse em camarões e moluscos de água doce, decidimos realizar durante toda essa quinta-feira uma primeira coleta a fim de fazer um diagnóstico mais completo das espécies presentes neste ecossistema”, disse.
Para o mestrando em Ecologia e Conservação e estagiário do laboratório de Anfíbios e Répteis da UFS, Rafael Alves, essas coletas se explicam pela necessidade de se conhecer a biodiversidade da região.
“A justificativa para iniciar uma coleta aqui na Lagoa deu-se por não existir nada formalizado em estudos quanto à diversidade de espécies. Agora é o momento de fazer esse levantamento. Hoje, por exemplo, iniciamos também a primeira coleta de anfíbios e répteis”, acrescentou o pesquisador.
Próximas Análises
Ainda neste mês de novembro, a equipe da professora do Departamento de Ciências Biológicas da UFS, Ana Paula Prata, dará prosseguimento às coletas de material botânico na área de preservação ambiental, iniciadas durante o mês de setembro.
Fonte = Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH