Três homens mascarados, vara e anzol nas mãos, chamaram a atenção de motoristas e pedestres que passavam pela ponte do Limão, em São Paulo (SP), na manhã deste domingo. Trajados com camisa e gravata, eles fizeram uma “pescaria” simbólica no rio Tietê em protesto contra a poluição do canal.
Segundo o integrante do grupo Guilherme Paula de Almeida, embora os anzóis tenham mergulhado no rio, tudo o que conseguiram pescar foi 10 kg de mato, galhos, entulho, plástico e lodo. Peixes, nem pensar. “Queremos fazer um alerta bem-humorado às autoridades e aos paulistanos, que insistem em sujar os afluentes do Tietê”.
No fim dos anos de 1960, já era difícil encontrar vida no rio no trecho da capital. A degradação teve início com o crescimento industrial, entre as décadas de 1940 e 1970, criando uma mancha de poluição que alcançou 100 km nos anos de 1990. O Tietê era usado para pesca e esportes aquáticos ainda em 1930.
O grupo que fez a ‘pescaria’ ganhou o nome de Corpo de Pedreiros em janeiro deste ano. O nome surgiu quando os integrantes tiveram que usar pedras para apagar fogueiras que ameaçavam árvores próximas a suas casas. Também composto por Venício Cunha e Kleber Martins, o trio faz intervenções ambientais para despertar a consciência ecológica. “Trabalhamos apenas como voluntários e não aceitamos doações financeiras”, explicou Almeida.
Fonte = Terra (vc reporter)