Projeto Robalo apresenta exemplo de sustentabilidade no I Seminário Brasil-Grã-Bretanha de Aqüicultura

 

 

O Projeto Robalo, iniciativa focada na geração de renda para a comunidade pesqueira da cidade de Paraty (SP) e no repovoamento marinho da região participará do I Seminário Brasil-Grã-Bretanha de Aqüicultura Sustentável, atendendo ao pedido da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) do Governo Federal.O evento será realizado entre 12 e 14 de novembro no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em Salvador (BA).Com suas diretrizes focadas na pesquisa e disseminação de conhecimento, o projeto, pertencente ao Instituto Arruda Botelho (IAB) apresentará sua experiência adquirida em anos de trabalho em prol do desenvolvimento sustentável, com geração de renda e preservação ambiental.

Na ocasião, o técnico em aqüicultura Alexandre Gomes Fonseca, responsável pelo projeto, participará de rodada de negócios onde explicará como acontece o processo produtivo, o repovoamento marinho e o apoio às pesquisas realizadas por meio de parcerias com instituições de ensino.

O seminário visa estabelecer um fórum bilateral para discutir tecnologias e iniciativas do setor nos dois países e incentivar o crescimento sustentável da aqüicultura nacional. Além disso, a organização do seminário busca estabelecer um ambiente de aprendizagem e troca de experiências entre brasileiros e britânicos.

Participarão do evento empresas aquícolas dos dois países e profissionais de renome internacional, como o Dr. Simon Davies, pesquisador em nutrição de peixes e aqüicultura pela Universidade de Plymouth, Dr. D. J. Fletcher, Phd pela Universidade de Bangor com 24 anos de experiência em aqüicultura comercial, e a professora Sandra Adams, chefe da unidade de vacinas aquáticas no Instituto de Aqüicultura da Universidade de Stirling.

Como funciona – O Projeto Robalo é uma iniciativa que promove geração de renda por meio do fornecimento de tanques-redes que armazenam os peixes submersos. O sistema dispensa o uso de gelo e outros custos necessários para o armazenamento e conservação dos pescados, o que aumenta a margem de lucro do pescador.

Além disso, o projeto colabora para a recuperação do ecossistema marinho com a colocação de galhos de podas de árvores e vegetação adicionados nestes compartimentos para simular um ambiente aquático natural. Com isso, os peixes armazenados passam a se alimentar de resíduos orgânicos deste ambiente dispensando o uso de ração que, em larga escala, poderia poluir as águas. Conseqüentemente, o sistema de criação alimenta também outros peixes, que passam a ficar em torno dos tanques. De acordo com levantamento do projeto, em regiões onde não havia mais peixes, o ecossistema foi recuperado após a implantação desta técnica.

O Projeto contribui ainda para a realização de pesquisas científicas, por meio de parcerias com institutos e universidades. Recentemente, o Projeto Robalo firmou parceria com o Instituto de Pesca de São Paulo, que proporcionará cooperação técnica para que o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro seja executado também nos mares de Ubatuba (SP).

Ao todo, mais de R$ 2,5 milhões foram investidos na iniciativa desde a sua criação, em 2003. Cerca de 30 famílias são beneficiadas pelo projeto, que promove também a conscientização ambiental.

Mais informações sobre o Projeto Robalo: www.institutoarrudabotelho.org.br

Recomendamos aos nossos leitores uma visita ao site do Instituto Arruda Botelho, conhecendo os importantes projetos do instituto.

Veja também

Goiás – Lei da Cota Zero será renovada por mais três anos

Os rios goianos são, sem dúvida, um dos maiores patrimônios de Goiás. A biodiversidade e …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verificação Segurança (obrigatorio) * Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.