Espécies como tilápia, salmão, truta, ostras e pacus já estão sendo criadas em cativeiro e vendidas comercialmente
O criadouro de peixes mantido pela Associação dos Pequenos Produtores do Fomento de Codó está em crise. A produção já não é tão rentável como antes. O negócio não é mais lucrativo, e os criadores estão tendo prejuízos.
O laboratório, que chegou a produzir 150 mil alevinos, perdeu a utilidade e está fechado por falta de insumos. Apenas uma dose do material usado para reprodução assistida custa mais de R$ 1 mil. A compra do material é inviável, no momento, para os criadores.
A associação mantém atualmente 18 sócios, entre piscicultores iniciantes (agricultores na essência) que viram a renda de suas famílias ser modificada rapidamente. No auge da produção, eles chegaram a vender até R$ 14 mil em um único dia. Mas isso foi há muito tempo.
O maior apoio para manter o empreendimento era concedido pelo poder público municipal. A ajuda ainda existe, mas, segundo explicou o criador Raimundo Gomes da Silva, não é suficiente para manter o negócio. O Município paga dois vigias para a área e a energia elétrica. Parte da ajuda foi cancelada.
“Nós tínhamos um técnico que trabalhava conosco, que fazia a desova. Ele era pago pela Prefeitura de Codó e foi dispensado. Era apoio técnico. Sem ele, o processo se torna mais difícil. Estamos esperando esse apoio para nós podermos continuar”, afirmou Raimundo da Silva.
Comércio – A venda do peixe é escassa, atualmente. Os piscicultores só conseguem vender quando eles compram alevinos para aguardar o crescimento. Os últimos estão em um dos tanques. Por causa disso, o rendimento caiu mais de 80%, e sem o dinheiro que o negócio rendia anteriormente não dá para revitalizar o projeto. Para o piscicultor Vicente Borges dos Santos o negócio tem piorado a cada dia.
“Ficou muito ruim, mas nós estamos esperando os políticos. Com fé, eles vão nos ajudar. Só com o nosso trabalho fica tudo difícil. Não dá para resolver nada. É devagar mesmo”, declarou Vicente dos Santos.
A presidente da Associação dos Pequenos Produtores do Fomento de Codó, Maria de Jesus da Cruz Pereira, resumiu tudo na falta de recursos financeiros. Ela não vê como mudar a situação sem a ajuda do poder público. A líder teve alguns encontros com a atual administração e se mostrou animada com as novas possibilidades.
“Estamos passando por essa dificuldade, mas com fé em Deus a gente vai conseguir mudar o quadro do criadouro. O nosso objetivo é crescer e desenvolver o trabalho para mostrar que aqui na cidade de Codó tem um projeto muito bonito. Só precisamos que nossos políticos, governantes e parceiros queiram nos ajudar”, ressaltou Maria Pereira.
Cultura – A piscicultura é uma das áreas da aqüicultura cujo objetivo é a criação de peixes, plantas e moluscos. Existe também uma ciência específica para o mar, chamada de maricultura.
Além de ser uma excelente fonte de renda para os criadores, é uma alternativa para a pesca comercial, pois não causa grandes impactos ambientais. Em ambientes controlados como em lagos de piscicultura, não há impacto algum sobre o meio ambiente.
Infelizmente, ainda há a matança indiscriminadas de espécies. Para contornar este problema, a criação de peixes em cativeiro para consumo e venda está crescendo bastante no país. Espécies como tilápia, salmão, truta, ostras e pacus já estão sendo criadas em cativeiro e vendidas comercialmente.
Tipos
– Extensiva: Esta modalidade é praticada em lagos, represas e açudes que não foram criados para tal função. Conseqüentemente, a produtividade é reduzida.
– Semi-intensiva: Criação de peixes em locais como viveiros e barragens nos quais o criador fez algumas alterações para aumentar a produtividade e renda.
– Intensiva: Este é um tipo de criação que visa à melhoria do lucro. Para isso, os viveiros são projetados para atingir o máximo de produtividade.
Fonte: O Estado do Maranhão