Diagnosticar e encontrar soluções para os problemas ambientais deveriam ser principio básico de todo o cidadão, em todas as regiões do planeta. Porém poucos são os que dedicam à conservação e à preservação do meio ambiente. Em todos os lugares a degradação do ecossistema é evidente e, em Mato Grosso não é diferente. Um dos maiores gargalos do Estado é o desmatamento tanto do cerrado quanto da floresta amazônica, para o desenvolvimento de atividades agrícolas e de pecuária.
Levantamentos preliminares do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE – no final do ano passado – revelaram que a degradação na Amazônia Legal mato-grossense em 2008 foi de 12.534 mil Km², número superior ao de 2007 que foi de 8.744 mil quilômetros quadrado.
Preocupado em melhorar a consciência ecológica da juventude mato-grossense, o deputado Ademir Brunetto (PT) apresentou um projeto de lei instituindo o programa estudante amigo da natureza nas escolas da rede estadual de ensino fundamental. A proposta tem o objetivo de promover a educação ambiental e difundir a consciência ecológica entre os estudantes.
De acordo com a proposta, a secretaria de Educação – SEDUC – realizará convenio com a Secretaria de Meio Ambiente – SEMA – para a seleção e capacitação dos alunos que aturarão como agentes ambientais nas comunidades escolares. Para os trabalhos serão selecionados cinco alunos por escola e por período. Eles devem estar matriculados na sétima e na oitava série.
O deputado Brunetto explica que a capacitação dos estudantes será feita por meio de oficinas. A qualificação abrangerá conhecimentos sobre as Leis Ambientais Estaduais e educação ambiental. Para o desenvolvimento do projeto aos sábados e domingos, os alunos vão receber uma bolsa para custear as despesas. O prazo de participação no programa é de um ano.
Para o parlamentar petista, o docente deve assumir o papel central do processo de ensino e aprendizagem da educação ambiental. “A proposta busca valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição dos recursos naturais e de várias espécies”, observou Brunetto.
A escola, de acordo com Brunetto, é o espaço social e o local onde o aluno dá seqüência ao seu processo de socialização. Para ele, o comportamento ambientalmente corretos deve ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis com o meio ambiente.
Em sua justificativa Brunetto argumenta que a educação ambiental deve ser uma das prioridades das escolas públicas e deve ir além do simples conteúdo ministrado em sala de aula, para motivar os estudantes a atuarem como agentes ambientais nas suas comunidades, intervindo de forma a mudar a realidade.
Fonte = Jornal Documento