As pesquisas da produção pesqueira do país passam a contar com mais R$ 7,3 milhões este ano e terão como alvo a cadeia produtiva da frota pesqueira de emalhe (em que a rede funciona como uma armadilha), na região Norte e a frota da lagosta, nas regiões Norte e Nordeste. Os recursos serão usados ainda na elaboração de estudos visando o desenvolvimento da cadeia produtiva da anchoita e a criação de uma rede de pesquisa e tecnologia em piscicultura marinha.
Os desembolsos serão feitos pelos ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e Ciência e Tecnologia (MCT), através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que estão contratando os pesquisadores para desenvolver os estudos. Ao todo foram selecionadas 15 instituições de pesquisa que ficarão responsáveis pelos trabalhos. Os resultados relativos à pesca de emalhe e da lagosta deverão estar prontos dentro de dois anos e da cadeia produtiva da anchoita e da rede de pesquisa em piscicultura marítima, terão prazo de três para serem concluídos. A realização desses estudos representa a continuidade das ações em pesquisa e tecnologia do plano “Mais Pesca e Aquicultura”, lançado em 2007 pelo MPA.
A frota pesqueira da região Norte que utiliza a rede de emalhe foi escolhida como um dos objetos da pesquisa devido à importância das espécies que captura, entre elas a pescada amarela, serra, gurijuba, piramutaba e dourada. Já no caso da lagosta, se deveu a sua importância mercadológica e o alto valor comercial, que gera uma grande pressão de captura sobre a espécie. A expectativa é de se ter um retrato preciso dessas duas cadeias com levantamentos sobre aspectos socio-econômicos e culturais; infraestrutura operacional; gargalos e demandas, além da distribuição e comercialização dos produtos.
Os estudos sobre a cadeia da anchoita terão como objetivo a implantação comercial desse recurso pesqueiro com avaliações das variações de abundância, da sazonalidade, embarcações adequadas à captura da espécie, potencial de mercado, produtos derivados, beneficiamento e comercialização. Os estudos sobre a rede de pesquisa e tecnologia em piscicultura marinha deverão apontar programas de melhoramento genético; aprimoramentos da nutrição das espécies; sistemas de produção adaptáveis aos diferentes ambientes de cultivo; desenvolvimento de insumos e equipamentos para essa atividade e desenvolvimento de tecnologias e estratégias de manejo das espécies cultivadas.
MPA