Até o final do ano, o trabalho de milhares de pescadores terá mudanças significativas: a construção de 120 fábricas de gelo em dez estados brasileiros. A iniciativa deve baixar o preço dos pescados oferecidos no mercado, e ainda aumentar a margem de lucro dos pescadores, que terão menor dependência dos atravessadores. A construção das fábricas é uma das medidas para fortalecer a cadeia produtiva da pesca artesanal e da aquicultura familiar.
A atividade pesqueira, cujo produto é altamente perecível, contará com as fábricas instaladas em 34 municípios nos seguintes estados: Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
A administração das fábricas, financiadas pelo governo federal, será feita pelos próprios pescadores, por meio de associações e colônias. A seleção das entidades que receberão as fábricas de gelo foi feita, por meio de edital público, pelo Ministério da Aquicultura e Pesca. O ministério recebeu um total de 54 propostas, sendo que 34 delas foram habilitadas e classificadas.
A lista completa das entidades selecionadas pode ser obtida no endereço www.presidencia.gov.br/seap.
Finalidade social das fábricas – A construção das fábricas será paga integralmente pelo governo federal. Após a construção, haverá a “permissão de uso” para as associações e colônias de pescadores. “O preço do gelo será estipulado pelos próprios pescadores nas assembléias locais”, diz o Coordenador Geral de Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura, João Dias Machado. Ainda segundo ele, o projeto tem forte caráter social. “Os valores cobrados dos pescadores será abaixo do mercado, isso porque não visará lucro, e sim a manutenção das fábricas”. As associações e colônias ficarão responsáveis pela manutenção da fábrica como um todo, inclusive pelos motores e contas de luz e água.
Por Redação Pantanal News/Governo Federal