Pescadores do Rio de Janeiro recebem equipamentos para melhorar a produção


Rio de Janeiro – Duas comunidades pesqueiras do Rio de Janeiro recebem hoje (5) equipamentos para melhorar a estrutura de trabalho em suas regiões. A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), ligada à Presidência da República, vai entregar à Colônia Z 11, em Ramos, zona norte da cidade, uma fábrica de gelo com capacidade de produzir três toneladas por dia.

A Colônia Z 2, no município de São João da Barra, norte fluminense, receberá um caminhão frigorífico, com capacidade de armazenar e transportar três toneladas de pescado a -10 graus.

Segundo o ministro da secretaria, Altemir Gregolin, os equipamentos vão garantir mais autonomia aos pescadores, reduzindo a dependência de intermediários para levar o peixe até o consumidor.

Essa iniciativa faz parte de uma política do governo federal, cujo objetivo é permitir que os pescadores não apenas capturem o peixe, mas tenham domínio sobre toda a cadeia produtiva até chegar ao consumidor. Dessa forma, eles melhoram sua renda, porque reduzem a ação de atravessadores, e levam um pescado de melhor qualidade e a preços mais baixos ao consumidor final“, afirmou.

Equipamentos semelhantes foram entregues a aproximadamente 200 comunidades pesqueiras em todo o país e têm trazido bons resultados, de acordo com Gregolin. Ele informou que, em alguns casos, com a instalação da fábrica de gelo é possível reduzir o custo de produção em até 60%.

Já com a aquisição do caminhão frigorífico, que possibilita a comercialização direta do peixe, a renda dos pescadores artesanais chega a ter um acréscimo de 50%. Ele citou o exemplo de uma comunidade em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, onde o caminhão percorre os bairros do município, diariamente, escoando a produção das colônias, levando o pescado diretamente ao consumidor.

O diretor da Colônia Z 11, José da Silva, acredita que a iniciativa pode melhorar as condições de comercialização do peixe capturado pelos pescadores artesanais da região.

Os gastos devem aumentar, porque, com a fábrica de gelo, o consumo de energia vai ser maior, mas as nossas condições devem melhorar porque a ação dos atravessadores encarece muito o produto. A gente vende o quilo da corvina, por exemplo, a R$ 2 e os atravessadores chegam a cobrar mais que o triplo, R$ 7“, reclamou.

O total de investimento da Seap para a concessão dos dois equipamentos foi de aproximadamente R$ 406 mil. Em todo o Brasil, existem 500 mil pescadores artesanais. O estado do Rio, quarto maior produtor de pescado do país, concentra 15 mil profissionais do setor.

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