No setor pesqueiro, o baque das chuvas não veio só para os carcinicultores. A pesca de captura – a dos criadores de camarão é de cultivo – também foi atingida e 3 mil pessoas que atuam em regime artesanal ficaram impossibilitadas de trabalhar. Os pescadores perderam casas e equipamentos como redes e canoas. Em algumas regiões, a água está poluída. Como saída, eles esperam agora um seguro desemprego emergencial, a exemplo do concedido à época do desastre no Potengi, com a mortandade de grande volume de peixes.
Segundo o sub-secretário de Pesca do estado, Antônio Alberto-Cortez, a possível liberação da ajuda vai depender de uma vistoria técnica do Ibama. A estimativa é que as cheias tenham prejudicado a atividade no Vale do Assu e em alguns pontos do Vale do Apodi (Caraúbas, Felipe Guerra e Apodi).
‘‘O Ibama precisa reconhecer o estado de excepcionalidade nessas regiões. À luz dessa avaliação o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca vão estudar a possibilidade de pagamento desse auxílio’’, explica ele, acrescentando que nem só de perdas, entretanto, foi marcado esse período.
É que as enchentes favoreceram a reprodução dos peixes e as chuvas trouxeram água nova e rica em nutrientes. ‘‘Por isso teremos fartura’’, continua, ponderando. ‘‘Mesmo assim a produção pesqueira tende a sofrer uma baixa porque parte expressiva dos pescadores perdeu os apetrechos necessários para pescar. Eles estão impedidos de trabalhar’’, lamenta o especialista
Fonte = Diário de Natal