A pesca e a aqüicultura, o cultivo de produtos ligados à água, vem crescendo a cada ano que se passa no Brasil. E o potencial de desenvolvimento do país neste tipo de atividade é bastante satisfatório. No Nordeste, as condições climáticas e oceanográficas, além do grande tamanho da costa, fazem com que a Região tenham grandes chances de ter um futuro promissor no ramo pesqueiro.
“Pernambuco também oferece grandes condições de ampliar a produção e a demanda de pescados. Temos boas condições climáticas e oceanográficas, além de conhecimento produzido nas universidades e os pescadores do estado estão se organizando cada vez mais”, afirma Sérgio Mattos, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca.
De acordo com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, da Presidência da República, embora as pesquisas voltadas para o cultivo de organismos aquáticos tenha começado na década de 1930, elas só foram intensificadas em 1970. É preciso ficar atendo aos fatores que favorecem o desenvolvimento dessa atividade.
São 8.400 quilômetros de costa marítima no Brasil. O clima é favorável para o crescimento dos organismos cultivados na água. Há mão-de-obra abundante e crescente demanda por pescado no mercado interno. De acordo com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, é possível observar algumas tendências a setor, num futuro próximo, que incluem: aumento na produção de camarões marinhos; expansão na produção de moluscos, como ostras; ampliação da produção de peixes de água doce – especialmente das tilápias e de algumas espécies nativas, sendo necessárias, ainda, a maior atenção aos mercados externos.
“O litoral do Nordeste é extenso e rico em pescado. Temos que trabalhar para atender a demanda internacional deste tipo de produto e aproveitar um potencial natural que temos”, diz Arnóbio Vasconcellos, diretor da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene).
Quem tiver interesse em entrar para o ramo da pesca e da aqüicultura deve ficar atento para aproveitar boas oportunidades e incentivos do Governo. “É claro que ter um capital inicial é importante, mas o Governo tem linhas de financiamento específicos para a pesca”, afirma Sérgio Mattos.
PESCADORES
Os pescadores da colônia de Brasília Teimosa, no Recife, estão sofrendo com as más condições de trabalho nos últimos meses. Por conta do inverno, período do ano em que as águas do mar estão menos propícias para a pesca, muitos pescadores já não sabem como vão fazer para se manter.
No inverno, a agitação e a tonalidade das águas dos oceanos fazem com que a atividade pesqueira enfrente sua pior temporada. Além disso, os pescadores informam que a época é boa para a pesca da lagosta, mas que poucos são os que têm licença para trabalhar com o crustáceo.
“Essa época não está para peixe, se sim para lagosta. A maioria, que não tem licença para pescar lagosta, acaba saindo no prejuízo, sem saber como trabalhar”, reclama pescador conhecido por Nando, da colônia de Brasília Teimosa.
“Hoje a lagosta é o produto mais caro e limitado para a pesca. Por conta da pesca predatória, já não podemos deixar a pesca da lagosta ser feita de qualquer forma. Damos preferência ao tempo de pesca dos trabalhadores, a idade do barco, entre outros fatores”, ressalta Sérgio Motta. De acordo com o secretário, apenas em 2008 haverá possibilidade para novas inscrições de licenças.
Fonte = Redação do pe360graus.com
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