Equipes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde já apreenderam nas praias de Pontal do Paraná e Matinhos, dez redes de pesca e 20 portas de arrastos (material que permite a abertura da rede no fundo do mar). A ação, que tem como objetivo evitar a pesca predatória no litoral, será realizada todos os dias até fim da Operação Viva o Verão, que terminará na primeira quinzena de março.
Depois da apreensão dos equipamentos, o IAP notificou dez pescadores de camarão que desrespeitaram o que determina a lei federal. Eles pescavam dentro da primeira milha, sendo que a atividade só é permitida a partir da segunda milha da costa da praia.
Para o coronel Sérgio Fillardo, comandante do Batalhão da Polícia Ambiental que participou da apreensão, os equipamentos retidos impediram os pescadores notificados de praticarem outros crimes ambientais. “O custo de cada equipamento apreendido gira em torno de R$ 2 a 3 mil”, comentou.
Fillardo também explicou que as blitze realizadas em mar aberto durante a temporada passada apreenderam quase uma tonelada de camarão pescados irregularmente (que foram doados a instituições de caridade), 29 redes de pesca, 20 pranchas, sete tarrafas (rede de pesca com chumbo nas bordas e lançada a mão) e mais 15 portas de arrasto. “Nas operações do ano passado conseguimos reduzir em 90% o número de peixes mortos nas praias paranaenses“, completou.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) determina que barcos de até dez toneladas devem pescar o camarão entre a primeira e a terceira milha a partir da costa – cada milha tem 1.852 metros. Embarcações com mais de dez toneladas devem pescar a partir da terceira milha (5,5 quilômetros da costa). Além disso, os pescadores devem estar atentos ao período de defeso (reprodução) das espécies.