Paralelamente à resolução criada para coibir a pesca predatória no Litoral, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos lançou campanha para orientar pescadores amadores e profissionais, sobre as normas para a pesca de robalos das espécies robalo-flecha e robalo-peva. A campanha “O robalo e seus amigos avisam: pesca irregular é a maior roubada” foi criada com o apoio das comunidades pesqueiras e envolveu os pescadores esportivos e o Iate Clube de Guaratuba.
“O principal objetivo da campanha é preservar as espécies de robalo – de grande importância para a pesca esportiva – e fomentar o turismo nos balneários e municípios que apresentam as condições ideais para a pesca esportiva dos robalos”, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. Ele acredita que esse trabalho – que inclui a nova resolução e a campanha de educação ambiental – poderá fortalecer ainda mais a pesca esportiva através da união dos pescadores em prol de ideais conservacionistas.
Além disso, a campanha pretende valorizar o pescador artesanal e incentivar o turismo gastronômico. Apenas restaurantes e comércios localizados em municípios litorâneos terão a possibilidade de servir as espécies citadas, adquiridas obrigatoriamente dos pescadores artesanais.
CAMPANHA – O panfleto da campanha “Robalo e seus Amigos” traz todas as informações sobre o que é permitido e o que é proibido pela resolução 060/09, referente à pesca de robalo no litoral. O material também traz informações sobre os crimes ambientais subaquáticos e o valor da suas multas.
O pescador esportivo e membro do Iate Clube de Guaratuba, Gustavo Todeschini, explica que os pescadores esportivos têm grande preocupação com a extinção dos estoques pesqueiros em algumas regiões do Litoral e por este motivo propuseram uma parceria com a Secretaria do Meio Ambiente.
“Todos os pescadores esportivos praticam o pesque e solte, onde a esportividade está centrada na disputa com o peixe, que às vezes ele deve vencer. Devolver o peixe para o meio aquático é a garantia que o pescador esportivo tem para outras pescarias de sucesso”, conta Gustavo.
Segundo ele, a fiscalização constante do governo foi fundamental para a redução do número de infrações à resolução. “A intervenção do governo, tanto na parte de conscientização quanto na parte de fiscalização foram importantes para todos os pescadores respeitassem as novas determinações”, assegurou.
“Destaco as fiscalizações durante os meses em que a pesca de robalo é proibida, isto é, novembro e dezembro. Sem elas, as resoluções perderiam a sua aplicação”, concluiu. Além de aumentar as fiscalizações em novembro e dezembro, a Secretaria do Meio Ambiente, realiza com periodicidade abordagens de barcos nas baías e nos pontos de venda de frutos do mar.