Lebreia, sulamba e macaco d’água são outras designações dadas ao aruanã no estado do Amazonas
Após operação conjunta entre Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Mamirauá e Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Estado do Amazonas, foram autuados em R$ 452 mil e presos em flagrante um colombiano e três brasileiros que praticavam a pesca ilegal de alevinos de aruanã (Osteoglossum bicirrhosum) na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá e no entorno da reserva extrativista Auati-Paraná, sendo apreendidos todos os instrumentos e petrechos utilizados pelos infratores e 6.500 alevinos, os quais foram devolvidos a seu habitat natural.
Os infratores foram surpreendidos pela fiscalização em um acampamento na localidade Aratizal, onde mantinham os alevinos em sacos plásticos com aplicações diárias de oxigênio para que fossem, em seguida, transportados para Letícia, na Colombia, e Islandia, no Peru.
A pesca de alevinos de aruanã é proibida pela Instrução Normativa do Ibama n° 01/2001, que estabelece o tamanho mínimo de 44 cm para captura da espécie. Entretanto é uma atividade recorrente na região do Médio Solimões, envolve o aliciamento de pescadores ribeirinhos e configura-se como tráfico internacional já que esses alevinos são capturados em território brasileiro, comercializados clandestinamente em Letícia e Islandia a um preço de R$ 2,00 e, depois, exportados como se fossem legalizados a um preço que varia de US$ 7,00 a 14,00 para os mercados norte-americano, europeu e asiático.
A operação Lebreia também fez flagrantes e autuações referentes à pesca e ao transporte ilegal de pirarucu (Arapaima gigas) e tambaqui (Colossoma macropomum) e à matança de jacarés para o uso da carne como isca para a pesca de piracatinga (Calophysus macropterus), atividade que também envolve a matança de botos, coibindo, desta forma, esses crimes contra a fauna aquática.
Lebreia, sulamba e macaco d’água são outras designações dadas ao aruanã no estado do Amazonas.
Ibama/AM
Fotos: Ibama/AM