GENEBRA, (AFP) – Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) conseguiram alguns avanços nas negociações para eliminar os subsídios à pesca, mas ainda há muitas divergências, indicaram nesta quarta-feira fontes comerciais.
O embaixador americano na OMC, Peter Allgeier, apresentou na véspera propostas de Washington sobre a proibição total desses subsídios a empresas de pesca comercial, ante o grupo de negociadores que se realizou reunião de dois dias na sede de Genebra.
Allgeier afirmou que é preciso uma ação urgente, pois mais de 75% das mais importantes reservas de pesca do mundo já são exploradas acima dos níveis sustentáveis.
O Japão é o país que mais concede subsídios à pesca, no valor de 5,3 bilhões de dólares (3,9 bilhões de euros) ao ano, segundo o grupo ambientalista Oceana, com sede em Washington.
O representante de Tóquio nas negociações da OMC comemorou a proposta americana, mas disse que os subsídios governamentais à infra-estrutura portuária devem ser mantidos, segundo estas fontes.
Já a União Européia (UE), segundo maior provedor de subsídios com 3,3 bilhões de dólares, manifestou sua oposição ao plano dos EUA, que parte do princípio de uma proibição geral das subvenções para depois determinar isenções específicas.
A UE prefere o inverso, definir primeiro as isenções ou os subsídios autorizados, antes de chegar a um acordo global sobre as ajudas proibidas.
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