Baleeiros japoneses e ativistas radicais que tentam impedir a caça aos cetáceos colidiram nesta sexta-feira, 6, num incidente que o governo em Tóquio classificou como “revoltante e imperdoável”. Não houve feridos. Os ativistas tentavam impedir que os japoneses levassem a carcaça de uma baleia morta a bordo.
O ativista Paul Watson, da Sociedade de Conservação Sea Shepherd, disse que seu barco perseguia o navio japonês que puxava a baleia morta quando outro barco japonês apareceu de repente à sua frente, causando o choque.
“A situação aqui está ficando muito caótica e muito, muito agressiva”, disse Watson, falando a jornalistas com um telefone via satélite a partir de seu barco, o Steve Irwin.
Mais cedo, segundo Watson, os japoneses haviam jogado retalhos de carne e gordura de baleia em seu barco.
“Podemos ver barris de sangue jorrando”, disse ele, enquanto assistia aos japoneses erguerem outra baleia para o navio.
Em uma nota, o Instituto de Pesquisa de Cetáceos – órgão afiliado ao governo japonês que supervisiona as caçadas – condenou as ações dos manifestantes, caracterizando a colisão como um “atropelamento deliberado”.
O porta-voz para caça às baleias da Agência de Pesca do japão, Shigeki Takaya, disse que o incidente foi “revoltante e imperdoável”.
“Pediremos aos países interessados, incluindo a Austrália, para que os impeça imediatamente de executar esses atos horrendos”, disse Takaya.
O Japão planeja matar até 935 baleias minke e 50 baleias fin nesta temporada. Sob as regras da Comissão Baleeira Internacional, os mamíferos podem ser mortos para fins científicos, mas não comerciais. Opositores dizem que as expedições científicas japonesas não passam de disfarce para caça comercial.
Associated Press