Está oficialmente liberada a pesca na calha do rio Paraguai, na modalidade “pesque e solte”, quando o peixe deve ser devolvido ao rio sob pena de multas e processos. Em Corumbá, cidade que atrai milhares de amantes da pescaria, as grandes embarcações já começaram a sair do cais do Porto Geral.
Uma mudança na mentalidade. É o que está acontecendo com diversos turistas que vêm ao Pantanal . Antes marcado exclusivamente pela captura dos estoques pesqueiros, agora muitos grupos de várias cidades do país estão em busca de apenas diversão e uma foto para recordar. O pesque e solte está se tornando o objetivo de muitos amantes de pescaria que se preocupam com a conservação dos peixes pantaneiros.
Apreciar as belezas naturais do Pantanal e também se deparar com o desafio de fisgar um belo exemplar de pescado, trazem um grupo de amigos de Belo Horizonte-MG. São 30 pessoas que há muito tempo vêm a Corumbá para ter um momento de contato com a natureza e também se afastar da agitação dos grandes centros. Eles se reúnem pelo menos três vezes ao ano para fazer o que mais gostam: pescar.
O grupo já pescou em vários lugares do Brasil e do mundo. Alguns foram para Ayolas – Argentina, local conhecido pelos pintados e dourados gigantes. Outros já fisgaram peixes na Amazônia. O que atrai os mineiros todos os anos para Corumbá é a competitividade dos peixes, mas também a conscientização. “A gente pesca no Brasil inteiro e em alguns lugares do mundo, mas em termos de conforto e local de pesca, pra mim é o Pantanal. Hoje podemos testemunhar uma evolução nos piloteiros, que estão mais conscientes sobre os problemas ambientais. Nosso grupo decidiu não matar peixe, queremos ter o prazer de pegar e devolver”, comentou o empresário Roberto Lessa Carvalho.
Já o médico Carlos Humberto Ganem, registra os momentos que passa no pantanal sul- mato-grossense. “O pantanal é uma natureza que se renova, o pôr-do-sol fica diferente a cada ano.” Além disso, elogia a estrutura que envolve o turismo pesqueiro na região. “O conforto é uma coisa maravilhosa. Além do tratamento e dos camarotes, um sistema muito bom que nos deixa bastante relaxados. A pescaria quebra o ritmo de trabalho”, salientou.O grupo já prepara a próxima vinda ao Pantanal que acontecerá, ainda este mês.