O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério Público de Goiás vão trabalhar em parceria pela proteção e conservação do Rio Araguaia.
Nesta terça-feira (18/05), a ministra Izabella Teixeira apresentou, aos representantes do MP goiano, algumas ações do MMA que podem ajudar a preservação e o uso sustentável do rio. O procurador-geral de Justiça de Goiás, Eduardo Moura, veio a Brasília pedir apoio do MMA para a preservação das nascentes do Araguaia.
Para a ministra Izabella, uma agenda comum do MMA com o estado de Goiás pode melhorar a gestão pública, com transparência de ações, fortalecendo a proteção dos recursos hídricos e do Cerrado. “A agenda ambiental brasileira é muito maior e mais rica do que só a da Amazônia”, ressaltou a ministra, lembrando que o ministério tem várias estratégias para a proteção do Cerrado, como o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), o Plano Estratégico da Bacia do Araguaia/Tocantins e o Programa Mais Ambiente.
A parceria vai começar pela nascente do rio. O procurador-geral de Justiça de Goiás, Eduardo Moura, apresentou à ministra o programa de proteção das nascentes, chamado de Mapeando para Proteger. Segundo ele, o projeto permitiu a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de todas as propriedades do município de Mineiros (GO) e está fazendo agora em Santa Rita do Araguaia – duas cidades goianas onde nasce o Rio Araguaia. “Queremos a solução de problemas, por isso viemos com o dever de casa já pronto”, ressaltou.
O procurador-geral explicou que a nascente do rio foi escolhida como o início de uma ação para proteger todo o Araguaia, que passa pelos estados de Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Pará. Ele acredita que a implementação do PPCerrado pode começar pela aquela região. O Ministério Público já desenvolveu uma série de atividades na área da nascente.
A parceria entre MMA e MP do Goiás deverá resultar em acordo de cooperação e um plano de trabalho. A ministra sugeriu que a Agência Nacional de Águas coordene a parceria para a segurança do debate, independente da mudança do Governo.
O Rio Araguaia tem 2.114 km de extensão. Algumas atividades como plantações, caça e pesca predatória vêm matando lentamente o rio. A área também sofre com a degradação do solo e com grandes voçorocas. Para resolver esses problemas, deverão ser fechadas parcerias com governos federal e estaduais, universidades e sociedade.
ASCOM / MMA