BELÉM – Duas toneladas de sardinhas mortas foram encontradas na praia do Paraquembal, em Marudá, no Nordeste do Pará, na manhã de hoje. Neste fim de semana, pelo menos três toneladas dos peixes foram encontradas na praia do Crispim, no mesmo município. A causa da morte das sardinhas ainda é desconhecida.
A Prefeitura de Marudá informou que não poderá fazer a coleta dos peixes na praia do Paraquembal por dificuldade de deslocamento até a área. As sardinhas serão levadas naturalmente pela maré.
Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (Cepnor) iniciaram investigação sobre a causa da mortandade. Não há indícios de substâncias tóxicas na água.
De acordo com o chefe do setor de fauna e pesca do Ibama, Alex Lacerda, ainda não há suspeitas sobre a caso.
– Ainda está muito cedo para levantar hipóteses. Vamos coletar amostras e examinar – disse.
Três analistas do Ibama e uma pesquisadora do Cepnor estão no local. Além disso, a assessoria da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) enviou amostras da carne dos peixes e da água onde foram encontrados para o Lacen (Laboratório Central do Pará).
Em entrevista ao jornal O Liberal, publicada nesta terça-feira, o secretário de Meio Ambiente de Marapanim, Afonso Guimarães, afirmou acreditar na explicação de que a mortandade dos peixes se deu por conta de um fenômeno natural.
– Quando tem esse fenômeno, as sardinhas, que são peixes mais frágeis, não aguentam a mudança da temperatura e acabam morrendo. Com a movimentação na praia, pelo feriado prolongado, o impacto foi maior – contou.
O Portal ORM consultou o oceanógrafo Daniel de Souza, que informou que fatos como esse também estão ocorrendo no Maranhão. Outra hipótese levantada por especialistas é a da prática pesqueira da zangaria.
– Na zangaria, os pescadores utilizam redes de malhas finas. Essas redes têm um longo alcance e assim capturam mais facilmente peixes grandes, porém, acaba capturando também os cardumes de sardinha, que geralmente são descartados no mar por terem baixo valor de comercialização no mercado – explicou.
Reprodução/Portal ORM