Brasília – Ao comentar visita ao estado de Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (16) que espera que o Brasil seja não apenas auto-suficiente na produção de peixes, como um grande exportador da indústria de pescado. Em Recife, ele visitou, na semana passada, a primeira fazenda marítima brasileira.
“Em alguns anos, vamos nos transformar em um grande produtor de pescado. Hoje, o povo brasileiro come, em média, sete quilos de peixe per capita por ano. Outros países comem 9, 10, até 12 quilos. Precisamos pescar mais para incentivar o povo brasileiro a comer mais peixe e para que a gente possa fazer com que o Brasil tenha na sua balança comercial um saldo positivo, exportando pescado para o mundo desenvolvido.”
Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele destacou que a expectativa é de que sejam produzidas 10 mil toneladas de peixes “genuinamente brasileiros” por meio de 48 tanques instalados na fazenda marítima de Recife. Segundo Lula, o governo pretende ainda capacitar pescadores artesanais da região para a criação de espécies como o bijupirá.
“Fizemos um marco regulatório que esperou 15 anos e agora estamos tanto nos rios, nas represas e nas hidrelétricas quanto no mar, autorizando áreas para que as pessoas possam criar peixes. O benefício maior é o conhecimento científico e tecnológico do Brasil em uma área nova. Espero que outros exemplos aconteçam em outros estados para que o Brasil possa se tornar um grande produtor de peixe.”
Sobre sua visita ao Ceará, o presidente afirmou que mais de mil famílias estão assentadas na região e usufruindo da plantação de mamão, de girassol e também da produção de peixes. A renda mensal, segundo Lula, chega a quase R$ 800. “Você tem sempre alguma coisa para estar vendendo no mercado”, disse ele.
“É um exemplo que queremos continuar incentivando no Brasil. É por meio dessas coisas que você leva para os pequenos produtores, nos lugares mais longínquos do Brasil, que você consegue ter o desenvolvimento e dar um salto de qualidade na vida das pessoas.”
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil