Expedição esbarrou em extensa rede de pesca na represa. Pescar durante defeso é crime ambiental e multa pode chegar a R$ 11 mil.
A expedição do flutuador esbarrou nesta sexta-feira (10) numa extensa rede de pesca na represa Billings. Isso bem na época do defeso, quando os pescadores têm que mudar de atividade para não ameaçar a reprodução dos peixes. Apesar do flagrante, uma boa notícia: o índice de oxigênio na água foi bom em todo o percurso feito nesta sexta.
A área de proteção ambiental Bororé Colônia, criada em 2006, fica entre os bairros de Grajaú e de Parelheiros. O território, na Zona Sul da capital, abriga, pelo menos, 15 espécies de aves e uma boa porção de Mata Atlântica.
“Ainda é possível salvar essa região de uma ocupação irregular densa, com problemas ambientais quando você atravessa o rio Pinheiros para cá”, diz Eduardo Jorge, secretário do Verde e do Meio Ambiente.
Nesta sexta-feira, Dan Robson e o flutuador navegaram 11 quilômetros por essa região da Billings. O índice de oxigênio da água estava bom em todo o percurso.
Neste trecho da represa, a mata é bem preservada, a qualidade da água é boa e a gente quase não encontra lixo pelas margens, mas o problema não é a poluição. No ponto, a expedição flagrou um outro tipo de desrespeito às leis a e ao meio ambiente.
De novembro até o fim de fevereiro, é proibida a pesca com redes e tarrafas na Billings, porque é o período de reprodução dos peixes, mas o guardião do flutuador encontrou uma rede de pesca e apontou o local para a polícia.
Tinha até peixe preso na rede de 300 metros, que foi apreendida. “Provavelmente colocada no período noturno por um pescador clandestino, com a finalidade de capturar os peixes na época errada”, afirma Antonio Barros, soldado da Polícia Ambiental.
O pescador não foi encontrado. Desde o começo do defeso, 22 pessoas foram atuados por pesca ilegal e 2 mil metros de rede foram recolhidos da Billings. Pescar durante o defeso é crime ambiental. A multa pode chegar a R$ 11 mil.
Do G1 SP