Fortaleza (13/10/2009) – A Superintendência do Ibama no Ceará participou de audiência pública na Assembléia Legislativa, onde divulgou os resultados da Operação Impacto Profundo II na região de conflitos em Icapuí. Estavam presentes os pescadores do litoral leste, Capitania dos Portos, Labomar, Secretaria de Agricultura do Estado, Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, advogados e demais pessoas interessadas.
Além da disputa em alto mar pelo espaço de pesca na região de Icapuí, os pescadores querem realizar a fiscalização como um poder paralelo, fazendo justiça com as próprias mãos. Pescadores artesanais, indignados com a pesca predatória, já tentaram tomar barcos apreendidos pelo Ibama para queimar e afundar. Isso já ocorreu em outra ocasião, na ausência do instituto.
Durante sua explanação, o superintendente enfatizou que as equipes continuam no mar, intensificando a fiscalização para evitar a pesca predatória e, consequentemente, o aumento dos conflitos, e demonstrou isso em números: só naquela região foram apreendidas desde janeiro 26 redes de camarão, 227 quilos de camarão e 963 quilos de lagosta, além de 25 barcos de pesca, quatro espingardas de mergulho, 55,7 mil metros de redes de caçoeira, um veículo, três GPS e quatro compressores. Neste ano, o Ibama embargou 7 indústrias de pesca.
Os fiscais permanecem no litoral leste 22 dias ao mês, indo ao mar diariamente. As equipes são formadas por fiscais e analistas do Ibama, policiais ambientais e mergulhadores do corpo de bombeiros. Em todo o litoral cearense, já são 3,8 mil quilos de lagosta apreendidos,176 mil metros de redes de caçoeira e R$ 800 mil em multas aplicadas.
Para o chefe de fiscalização do Ibama, Rolfran Cacho Ribeiro, a solução para a região dos conflitos está em educação ambiental, fiscalização do órgão competente e busca de alternativas para os pescadores.
Mariangela Bampi – Ascom Ibama/CE
Foto: Rolfran Cacho Ribeiro – Ibama/CE