A Polícia Federal já identificou o dono dos dois barcos envolvidos na matança de golfinhos, na Costa do Amapá, registrada no mês de julho deste ano. Um deles prestou depoimento e negou a pesca predatória. Segundo a PF, ele disse que os golfinhos ficaram presos acidentalmente nas redes de pesca.
O cinegrafista contratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que filmou a pesca, também já foi ouvido pela polícia.
Segundo a PF, os barcos estão com registros desatualizados na Capitania dos Portos. O relatório parcial será encaminhado ao Ibama. O dono das embacarcações deve ser autuado. A Polícia Federal ainda vai ouvir a tripulação das embarcações.
Apreensão
Um mês depois de flagrarem a matança de golfinhos no Norte do país, a Polícia Federal identificou as embarcações envolvidas no caso. Os donos dos barcos e os tripulantes irão responder por crime contra a fauna.
A Polícia Federal descobriu que os barcos que participaram da pesca ilegal, filmada por um técnico contratado pelo Ibama, saíram do município de Vigia (PA) e seguiram para a costa do Amapá, onde ocorreu a matança.
Capturados pelas redes de pesca, os golfinhos morreram afogados. “Ele (animal) rasga a rede e isso é prejudicial para o pescador. Então, no momento em que ele (pescador) sabe que o golfinho é uma ameaça para seu trabalho, mata o animal”, afirmou Maria do Carmo Brígido, responsável pelo Setor de Fauna e Pesca do Ibama do Pará.
Barcos filmados
A Polícia Federal vai intimar o técnico que fez as imagens a depor. Três embarcações que aparecem nas filmagens já foram identificadas. O delegado Sérgio Rovani, que cuida do caso, vai pedir à Capitania dos Portos os nomes dos proprietários.
A pena para cada golfinho morto é de um ano de cadeia. “As penas podem chegar a 83 anos de prisão para todo aquele pessoal que está envolvido no ato de matar o golfinho“, disse Rovani.