Campo Grande (22/10/2009) – Num trajeto de barco de 200 km ao longo do Rio Paraná desde a barragem de Porto Primavera até as margens do rio no município de Mundo Novo, na divisa de Mato Grosso do Sul e o Estado do Paraná, técnicos do Ibama, o Superintendente do órgão em Mato Grosso do Sul David Lourenço e do ICMBio Sandro Pereira começam hoje a fazer um levantamento das condições de preservação ambiental de toda essa região que fica no sudeste do Estado. Este trecho do rio é considerado o mais preservado de toda a bacia do Rio Paraná.
A viagem de dois dias ao longo do rio vai permitir à equipe do Ibama verificar a situação do bioma remanescente de Mata Atlântica que se localiza nessa região além de fornecer subsídios para operações futuras de vistoria nessa área.
Segundo David Lourenço, essa operação de reconhecimento da área está sendo articulada com a participação também do Ibama do Paraná. A área técnica dos dois órgãos quer colher dados e verificar as condições do turismo nessa área e da ocupação de suas margens pela pecuária e agricultura.
Toda essa região compreende a APA – Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do rio Paraná, com 814.331 mil hectares. A APA engloba terras que ficam nas duas margens do rio Paraná, portanto nos dois Estados.
Nessa região também estão localizados o Parque Estadual Várzeas do Ivinhema com 74.297 mil hectares que fica em território sul-matogrossense e o Parque Nacional de Ilha Grande com 107.957 mil hectares que ocupa territórios dos dois Estados, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Para David Lourenço, essa é uma importante área ambiental por causa da diversidade na ictiofauna, responsável em grande parte pelos estoques pesqueiros do Rio Paraná. E para essa superintendência uma região estratégica para a preservação dessas várzeas e do bioma que resta de Mata Atlântica no Mato Grosso do Sul.
Mariza Pontes de Oliveira – Ascom Ibama/MS
Mapas: Geoprocessamento Ibama/MS