O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem até a próxima sexta-feira, dia 02 de outubro, para entregar ao Ministério Público Federal (MPF) um relatório de avaliação da legalidade da pesca praticada com redes em Santarém, no oeste do Pará. Nesse mesmo prazo os pescadores artesanais da colônia Z-20, localizada no município, deverão apontar ao MPF quais são as áreas onde esse tipo de pesca é mais frequente.
As informações solicitadas pelo MPF ao Ibama e aos pescadores são necessárias para que seja traçado um plano de trabalho para o combate à pesca ilegal no município. A primeira reunião do grupo que ficará responsável por essas ações foi realizada nesta segunda-feira, na colônia Z-20. Além de MPF, Ibama e pescadores, participaram do evento as secretarias de meio ambiente do Estado e de Santarém, a Capitania dos Portos e a secretaria estadual de Pesca e Aquicultura.
Desde 2004 os pescadores artesanais de Santarém vêm tentando conseguir apoio das instituições públicas para conseguir que sejam combatidos os excessos da pesca com rede nos rios Tapajós e Amazonas (Ituqui), mas o problema ainda não foi resolvido. Segundo os pescadores artesanais, por esse tipo de pesca são retirados dos rios peixes ainda filhotes, com tamanho menor que o permitido para a pesca.
Essa competição entre os pescadores tradicionais e os pescadores que usam redes faz com que os pescadores que sempre criaram suas famílias com a pesca tradicional agora passem até semanas sem conseguir retirar seu sustento dos rios.
Na reunião realizada hoje também foi discutida a necessidade de ampliar o combate à pesca ilegal por meio da fiscalização nas feiras públicas e estabelecimentos que revendem pescado. Segundo o Ibama, a fiscalização do comércio é mais barata e eficiente que a fiscalização nos rios.
(Ascom/MPF)