As apreensões foram realizadas neste domingo (30) em Piúma e Marataízes. Mais de cinco mil metros de redes irregulares e três pássaros foram recolhidos pelo Ibama e pela Polícia Militar Ambiental de Cachoeiro.
Os pássaros, dois coleiros e um trinca-ferro, cujo valor pode chegar a cinqüenta mil reais, foram apreendidos em dois clubes de Marataízes. Eles participavam de eventos de canto e estavam sem anilhas de legalização. Três pessoas foram autuadas por expor pássaros ilegais em torneio. Os clubes foram embargados. Os pássaros serão encaminhados para o Projeto Sereias para serem recolocados na natureza.
As redes foram recolhidas em Piúma e Marataízes, e são suspeitas de serem usadas para capturar o robalo, um peixe que não pode ser capturado por estar em fase de desova. Em Piúma, todo o material foi apreendido na orla central e no canal de Itaputanga. Uma pessoa foi autuada. Em Marataízes, as redes estavam na praia da Colônia e na Praia da Barra. Neste último local, também foi encontrada uma tartaruga morta.
“Além de atrapalhar os turistas e pegar o robalo, essa rede também captura a tartaruga. Além de ser um crime ambiental, tínhamos percebido que na Praia da Barra havia muitas denúncias de moradores de que a taxa de mortalidade desses animais estava muito grande”, diz o coordenador de pesca do Ibama, José Ronaldo Pinheiro.
A comerciante Maria Pinheiros acrescenta que é freqüente encontrar tartarugas mortas na praia. Apesar da quantidade de redes recolhidas ter sido grande, em Marataízes nenhuma pessoa foi autuada. O coordenador cita que ao verem a equipe da fiscalização, os donos do material deixam o local para evitar o pagamento da multa e as conseqüências judiciais.
Gazeta Sul