Após várias denúncias de estocagem clandestina em sítios e fazendas na região de Almofala, cidade do litoral oeste do Ceará, o setor de fiscalização da Superintendência do Ibama no estado deslocou-se até a região em dois barcos: o Naqua, da própria Supes/CE, e outro do Ministério da Pesca. Na operação foram apreendidos dois barcos na semana passada, com 4500 m de rede caçoeira e 200 quilos de lagosta. A pesca de lagosta está proibida sob qualquer forma, pois a espécie encontra-se no período de defeso.
O chefe de Fiscalização da Supes/CE, Rolfran Cacho Ribeiro, esclarece que os barcos apreendidos trocaram de nome. Em uma semana, o São Pedro 10 era São Pedro 30 e o Rio Jordão era Roberto. “Todas as artimanhas são utilizadas para burlar a fiscalização. Os dois barcos foram entregues a um estaleiro para que ficasse garantida a descapitalização do infrator”, afirma Rolfran.
Os nove pescadores envolvidos na operação e que foram conduzidos a delegacia já tinham passagem na polícia pelo mesmo motivo. A embarcação Jordão recebeu R$ 20 mil em multa e a São Pedro R$ 30 mil.
Segundo Rolfran, um trabalho de investigação foi necessário para se chegar aos barcos que estão no mar e que abastecem as fazendas e sítios na região de Itarema. Os fiscais chegaram a 418 kg de lagostas estocadas nestas fazendas que abastecem o mercado interno clandestinamente neste período de defeso.
Toda a lagosta apreendida foi doada ontem (18) para 20 instituições cadastradas no Ibama.
Ascom/Ibama/CE