Fortaleza (01/10/2009) – A equipe de fiscalização do Ibama apreendeu mais duas embarcações esta semana que estavam praticando a pesca irregular de lagosta no litoral cearense. Uma pescava com rede caçoeira , método proibido por conter malha fina que retira o substrato marinho e a outra embarcação pescava com compressor, que além de ser um método seletivo de pesca por mergulho, é prejudicial à saúde do pescador. Acrescido ao ilícito dos petrechos proibidos a primeira embarcação não tinha licença de pesca e a segunda, licença apenas para pescar peixes ornamentais.
Ambas se encontravam no litoral leste, que vem sendo palco de conflitos entre comunidades no município de Icapuí devido à disputa por área de pesca.
A equipe reforçou a fiscalização na área com suas duas lanchas rápidas. As equipes são formadas por fiscais do Ibama, pela Policia Federal, Policia Militar Ambiental e agora conta com mergulhadores do Corpo de Bombeiros capazes de agir na captura de pescadores dentro do mar, em flagrante.
Essas lanchas fiscalizam toda a costa cearense com um custo de R$10mil/dia. Mas tem valido a pena. Desde o começo do ano já foram apreendidas 3,8 toneladas de lagostas, 170 mil metros de rede caçoeira e 11 compressores.
Segundo chefe da fiscalização, Rolfran Cacho Ribeiro, somente no litoral leste exitem mais de 100 mil marambaias, atratores artificiais de lagostas feitos de tambores, pneus, etc. “ A nossa idéia é iniciar uma operação para a retirada desse material do fundo do mar. No litoral oeste também ela é muito utilizada”.
As ações de fiscalização têm sido cada vez mais rigorosas: “ Temos uma grande responsabilidade por sermos responsáveis por 70% das exportações de lagosta do país” e “ acima de tudo vem a preservação do recurso natural” conclui Rolfran.
Mariângela Bampi – Ascom/CE
Foto: Rolfran Cacho Ribeiro