Não é história de pescador. Tem foto da pesca e foi tudo pesado certinho
Bem que o casal de piscicultores de Dona Francisca, na Região Central do Rio Grande do Sul, avisou na semana passada ao pescar uma carpa de 40kg em um açude da região. “Tem mais”, disseram. Na noite de sábado (3), a história de pescador de Jair Balest, 56 anos, ganhou um novo capítulo: ele retirou do açude três exemplares mais pesados ainda. O produtor precisou de ajuda de um trator para levar os peixes para casa.
“Não é história de pescador. Tem foto e foi tudo pesado certinho. Não tinha mais lugar no freezer. Ficamos com dois, um com 42kg e outro com 43kg. O outro largamos de volta no açude para crescer mais. Ficamos também com uma carpa capim de 14 kg, que é uma espécie difícil de ficar graúda”, disse Jair Balest ao G1.
O produtor diz que já foi pescador profissional e que as carpas gigantes foram fisgadas na mesma rede. “Fizemos um arrastão e pressionamos a rede contra as pedras. Vieram os quatro peixes grandes na mesma rede. Jamais achei que isto ia acontecer aqui. Meu filho teve que buscar um trator para levarmos os peixes”, contou.
O açude de dois hectares corta a propriedade de seis famílias no município de Dona Francisca e foi criado em 1980 para ajudar na irrigação de arroz. Depois que a história das carpas gigantes ganhou fama na semana passada, curiosos procuraram os proprietários querendo também pescar no local. “Temos que acalmar o pessoal. Muitas pessoas vieram aqui para ver se podiam passar a rede no açude. Só vamos retirar mais peixes do açude no ano que vem. Queremos deixar eles crescerem ainda mais”, disse Balest.
Segundo o veterinário da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Wylner César Fernandes Ribeiro, no açude existem três espécies de carpas chinesas: cabeça grande, capim e prateada. Em 1992, a Seapa implantou no município a piscicultura. O projeto é coordenado atualmente pela Secretaria Municipal de Agricultura. A família de Jair Balest e os outros proprietários do açude foram os pioneiros na povoação do açude com espécies exóticas, como as carpas chinesas.
“A maior que eu já vi foi de 56 kg. Aqui, segundo um dos sócios do açude, já apareceram animais com até 60 kg”, disse o veterinário.
O veterinário disse que atualmente cerca de 500 produtores exercem a piscicultura em Dona Francisca. Para ele, os animais atigem este peso na região devido ao projeto da Seapa, que garante uma boa oferta de alimentação aos peixes.
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