Fortaleza (16/09/2009)- Os fiscais da Superintendência do Ibama no Ceará aproveitaram o horário de 4h às 10h da manhã para fiscalizar a orla de Fortaleza. Durante a operação conseguiram flagrar a pesca ilegal sendo praticada dentro da baía, nas 4 milhas da costa, o que é proibido por lei e com rede caçoeira, outro ilícito. Ao todo foram apreendidos 5500 metros de rede e 200 lagostas, ainda vivas, foram retiradas das redes e devolvidas ao mar.
Segundo o chefe da Fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Cacho Ribeiro, “além do uso das caçoeiras, essa pesca acontece dentro da faixa de quatro milhas da costa, que também é proibida. Em Fortaleza, ocorre para abastecer o consumo de lagosta miúda da Praia do Futuro. Essa lagosta é preparada de forma artesanal, suja e com impurezas e é vendida aos turistas, que acabam consumindo um produto que pode colocar a saúde em risco”.
Os fiscais passaram parte da madrugada e toda a manhã no mar a bordo de uma lancha rápida, percorrendo a faixa das quatro milhas da costa onde a pesca da lagosta é proibida, entre as localidades de Barra do Ceará e Praia do Cumbuco, retirando as redes caçoeiras do mar e abordando embarcações para vistoria.
A pesca do camarão também foi fiscalizada. Essa pesca é ordenada pela Portaria nº 35 de junho de 2003, que permite a pesca com rede rengalho que pega o camarão emalhado de maneira seletiva e preserva a fauna acompanhante. Na faixa de 3 milhas apenas barcos a vela estão liberados para a pesca, sendo que barcos a motor só depois desta distância. A pesca de arrastão, método de pesca proibido pelo Ibama, feita com redes muito finas, “varrem” o fundo do mar e trazem tudo o que encontram provocando um desequilíbrio à biodiversidade marinha.
Foram doados para instituições beneficentes cadastradas no Ibama 12 quilos de caudas de lagostas e 30 quilos de pescados apreendidos durante a ação. Desde o início do ano, foram apreendidos no Ceará pela Operação Impacto Profundo II, 176 mil metros de redes de caçoeira, dez compressores, 3800 quilos de lagostas e 35 arrastões de camarão.
Mariangela Bampi – Ascom Ibama/CE
Christian Dietrich – Ascom Ibama