Tecnologia para transformar o Brasil em um dos maiores produtores de peixes do mundo, a exemplo da carne bovina e das aves
A ministra de Pesca e Aquicultura, Ideli Savatti lançou no último dia 25, em Palmas, Tocantins, as instalações das obras de construção da Embrapa Pesca e Aquicultura. A unidade contará com área construída de 4.500m² e 90 servidores, entre pesquisadores e pessoal administrativo. Com os estudos, a produção brasileira tende a crescer com soluções tecnológicas e permitirá mais destaque para este importante segmento econômico, lembrou Ideli. “A unidade instalada será um centro regional, nacional e em breve internacional, enfatizou a ministra. “E isto ocorrerá com benefícios não só no Brasil, como para toda a cadeia produtiva mundial”.
Ideli Savatti reafirmou o compromisso do Governo Federal em transformar o Brasil em um dos maiores produtores de peixes do mundo, da mesma forma que aconteceu com a carne bovina e com as aves. “Nosso país tem todo potencial para ampliar a produção e ser referência em tecnologia. O estado do Tocantins pode ser entendido como o coração do Brasil: é de suma importância para a concretização deste projeto, pela extensão territorial e posição estratégica, com dimensões que abrangem as biodiversidades da Amazônia e do Pantanal, lembrou. O potencial estratégico da região pode transformá-la em grande exportadora para a Ásia e a Europa.” A possibilidade de utilizar o Rio Tocantins como uma hidrovia, a criação da Ferrovia Norte-Sul e as melhorias na rodovia Belém-Brasília (BR-153) irão facilitar a logística necessária para exportar grãos e pescados.
Potencial para escoamento da produção, localização geográfica, clima adequado e vantagens competitivas no mercado: fatores estratégicos da sede localizada em Palmas (TO).
O diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, lembrou que o centro será misto, com enfoque nacional em aquicultura e regional no componente agrícola. A unidade terá um papel aglutinador das pesquisas em aquicultura no País, formando redes internas e externas à Empresa. A área de pesquisa, desenvolvimento e inovação terá especialistas em aquicultura e em agronomia. O enfoque inicial será dado aos peixes nativos. Os pesquisadores, presentes na solenidade, foram destacados pela ministra: o grupo tem a nobre missão de buscar as soluções tecnológicas para a pesca e a aquicultura do Brasil.
O trabalho será identificar as espécies, fazer uma reeducação alimentar e cuidar da sanidade destas espécies, evitar a extinção de algumas e desenvolver o processamento industrial sustentável, com redução de carbono, afirmou o chefe da Embrapa no Tocantins, Carlos Magno Campos da Rocha. A importância da unidade foi destacada também pelo diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes. Segundo Arraes, a contribuição maior da Embrapa provavelmente será em aquicultura de água doce e a escolha de Tocantins para sediar a nova Unidade privilegia a atividade no interior. A temperatura ambiente favorável da região também é citada pelo presidente da Embrapa como um fator positivo da localização. A existência de jazidas de calcário e as terras planas também são fatores favoráveis para a implantação do centro de pesquisa no Estado. A facilidade de escoamento da produção agrícola e pesqueira foi avaliada.
Harmonia para o uso dos recursos hídricos, sem prejuízos para os nativos
A ministra Ideli Salvatti aproveitou a oportunidade para reafirmar o compromisso feito pelo governador Siqueira Campos (PSDB/TO), também presente no evento, para que todo o trabalho seja feito em sintonia com o MPA, no sentido de garantir a ampliação da produção pesqueira no Estado: “é fundamental buscar o trabalho harmônico entre todos os envolvidos e interessados nas inúmeras opções de uso das riquezas naturais, como da água. Assim, o pescador continuará tendo o direito do uso da água, sem exclusão, mas em harmonia com os empreendedores de atividades da pesca esportiva e náutica, por exemplo.”
MPA