Agora é “cota zero” para o Rei do Rio nos rios de Cáceres. Para as demais espécies, a cota caiu de 10 para 5 kg por pescador
O pescador que visitar os rios de Cáceres (MT) até 2013 poder ter uma surpresa quando fisgar um dourado. Se a idéia for abatê-lo, as conseqüências serão as mesmas de pescar durante o período de reprodução dos peixes – a piracema -, caso aconteça o flagrante da Polícia Militar Ambiental.
Empresários do turismo cacerenses tiveram o apoio da Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso e implantaram a “cota zero” para a captura do dourado. A pesca do Rei do Rio está permitida apenas na modalidade pesque-e-solte, como assegura a lei municipal que é válida pelos próximos três anos.
“Fizemos isso para evitar o sumiço da espécie e preservar o meio ambiente. Nossa grande vontade é estabelecer o pesque-e-solte. Ou seja, o pescador fisga o peixe, briga, se diverte. Depois ele apenas fotografa e guarda para sempre a lembrança do troféu, tendo a consciência de que fez sua parte com a natureza”, explica o presidente da Associação Ambientalista e Turística de Cáceres (Asatec), Cairo Bernadino.
Além de estabelecer o fim da matança do dourado, a cota do pescado em Cáceres foi reduzida de 10 para 5 kg. Outras espécies, como o pintado, podem também ter o abate proibido a partir de 2011. As delimitações do município representam 57% do Pantanal mato-grossense.
Alguns pescadores e empresários não gostaram da medida que segue o exemplo das leis de pesca da Argentina. O empresariado contrário à medida alega que o pescador não aceita voltar para casa sem levar o peixe.
“O pessoal reclama. Temos muitos pescadores que são contrários à nossa medida. Mas a maioria nos dá parabéns. Se mantivermos essa idéia, com certeza teremos peixes muito maiores”, afirma Bernadino.
“Nós esperamos ter um bom resultado por aqui, para evitar que nosso turista vá para outros lugares onde o dourado é encontrado com mais de 10, 12 kg com muita freqüência”, completa o secretário de turismo Luis Mário Ambrósio Curvo.
A expectativa é que a partir de 2011 uma nova lei da pesca vigore em Mato Grosso.As discussões já começaram.
Parabéns a Associação Ambientalista – ASATEC, Cairo Bernardino. não queremos matar peixes, queremos pescar, estar em contato com a natureza, conhecer novas pessoas e culturas. Se nada for feito, o que poderão nos oferecer é o que temos por aqui! Rios mortos. Então, não precisaremos ir ao pantanal.