O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR) esteve no último sábado (11), no município de Barra do Bugres (168 km a Médio-Norte de Cuiabá), onde realizou mais uma etapa do Projeto Natureza Viva ´Repovoando os rios de Mato Grosso´. O parlamentar junto a lideranças políticas da região e sociedade civil organizada reuniu centenas de crianças e adolescentes num rico momento de entretenimento ao soltar 200 mil peixes nas águas do rio Paraguai.
Os peixes são da espécie piráctus mesopho tamicus (pacú), criados em tanques, medem aproximadamente 18 cm e têm peso médio de 25 gramas, tamanho este, considerado próprio para garantir um alto índice de sobrevivência.
“As iniciativas do deputado Sérgio Ricardo contribuem muito para o desenvolvimento ambiental sustentável do nosso Estado. O presidente da AL tem várias ações em prol do meio ambiente e estamos satisfeitos por termos levado uma delas aos barra-bugrenses: a soltura de peixes”, comemorou o deputado Júnior Chaveiro (PMN), durante a ação que aconteceu ao lado da ponte onde é realizado anualmente o evento ‘Fest Bugres’.Na ocasião, os parlamentares constataram o processo avançado de assoreamento do rio Paraguai e externaram a preocupação com a preservação de um dos rios mais importantes à navegabilidade do Estado (feita de forma satisfatória a partir de Cáceres – passando por Corumbá – até a foz do rio Apa). “É uma questão gravíssima e precisa ser levada em consideração, pois, andamos bem abaixo da ponte, em pleno rio Paraguai, com a água batendo na altura da cintura”, expôs Sérgio Ricardo.
Para o deputado Júnior Chaveiro, entre outros prejuízos, esse fato pode acabar provocando mudanças no curso do rio. “Nós atravessamos o rio a pé e pudemos ver o vasto campo de areia que vem cedendo para dentro do rio devido à velocidade do desmatamento nas encostas o que acaba deixando sem nenhuma proteção as mananciais do rio”, disse Chaveiro.
Já o deputado Sérgio Ricardo lembrou que no Estado a questão das dragas mal instaladas; o desmatamento das matas ciliares; a ocupação indevida em áreas de preservação e o avanço desenfreado de derrubadas para a produção agrícola, são fatores que tem implicado em reflexos negativos à preservação ambiental no Estado.
“Tomemos como exemplo o que aconteceu com as conhecidas praias de Santo Antônio de Leverger. O local onde eram realizados festivais tradicionais, já deixou de oferecer condições para isso, justamente, por ter sofrido uma transformação drástica no percurso das suas águas, devido às dragas mal instaladas”, explicou Sérgio Ricardo.
Dados levantados ainda em 2005, pela Secretaria de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Seder) e a extinta Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), hoje, Sema, comprovam que o que tem segurado a qualidade da água nas bacias é o seu alto poder de depuração, que advém da grande quantidade e do volume de água.
O uso múltiplo da água dos rios mato-grossenses tem criado conflitos crescentes, mobilizando grande parte da sociedade, dado à importância e o papel que os recursos hídricos têm em seus usos diretos e indiretos. Esses usos são: abastecimento público, produção de energia, irrigação, diluição de esgoto domiciliar e industrial, pesca, pecuária e exploração turística.
As alterações na ocupação da bacia – principalmente a intensificação da atividade agrícola – vêm causando nos últimos anos impactos ambientais como: erosão, assoreamento, eutrofização, mortandade dos peixes devido à contaminação por agrotóxicos, e risco de contaminação por doenças de veiculação hídrica.
Fonte = O Documento