Uma conferência internacional sobre espécies ameaçadas concordou em proibir praticamente todo o comércio de peixes-serra, grandes arraias semelhantes a tubarões, cujos longos focinhos, repletos de dentes, são um item quente entre colecionadores.
A conferência também regulamentou o comércio da enguia européia (Anguilla anguilla), , que pode estar sendo levada à extinção pelo excesso de pesca.
Todas as sete espécies de peixe-serra constam da lista de variedades sob risco crítico, principalmente por causa da pesca. Esses animais são valorizados pela carne, barbatanas e focinho. Conhecida como rostra, essa parte da anatomia do peixe-serra pode ter até dois metros de comprimento. Esses peixes também são capturados vivos para aquários, e partes de seus corpos são parte da medicina tradicional do Oriente.
Pequenos pescadores quenianos “poderiam se aposentar com a captura de um único peixe-serra, por conta do grande valor das barbatanas – US$ 443 (R$ 900) o quilo, para exportação – da rostra, que chega até US$ 1.450 (R$ 3.000)”, disse Dorothy Nyingi, do Quênia, durante a reunião da Cites – Convenção Internacional de Comércio de espécies Ameaçadas.
Delegados de um comitê da Cites apoiaram a proposta de proibir o comércio de seis espécies de peixe-serra e autorizar a venda de uma variedade, encontrada apenas em águas australianas. A decisão deverá ser acatada pelo plenário da convenção, na sexta-feira (15). (Associated Press/ Estadão Online)