A Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE) vai cadastrar todas as colônias de pescadores do Estado.
A medida, segundo determinação do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) visa dar status de sindicato às colônias, federações e confederações de pescadores em todo país e, com isso assegurar repasses do governo federal para manutenção e fortalecimento dessas entidades.
Em Mato Grosso, segundo a Superintendência, nenhuma das 19 colônias ainda efetuou o cadastro, que pode ser solicitado no setor de Relações do Trabalho da SRTE. O órgão já encaminhou técnicos para treinamento em Brasília.
O cadastro não é obrigatório, mas garante às instituições maior representação à classe dos pescadores. Ainda mais porque o Estado está prestes a entrar no período de defeso, quando é proibida qualquer atividade pesqueira durante a reprodução dos peixes, a conhecida piracema. O proibitivo à pesca deve começar no mês de novembro.
De acordo com o presidente da Federação dos Pescadores de Mato Grosso, Lindenberg Gomes Lima, o cadastro vai fortalecer a categoria. “Ele vai fortalecer porque vai destinar recursos federais para o setor que acabavam não vindo para os pescadores”, revela. Ele ainda disse que algumas colônias já estão com toda documentação pronta para efetuar o cadastro.
Mato Grosso possui quase sete mil trabalhadores diretamente envolvidos com a pesca. Esse foi o contingente que solicitou ao MTE seguro desemprego durante o defeso do ano passado.
CENSO – A Federação de Pescadores de Mato Grosso começa a partir de hoje a cadastrar todos os profissionais ativos do Estado. Em parceria com o Ministério da Pesca, 15 recenseadores vão recensear os trabalhadores que atuam nos rios que compõem a bacia do rio Paraguai estendendo o trabalho para as bacias Amazônica e Araguaia. “Vamos começar pela bacia do Paraguai porque é a que possui maior atividade profissional de pesca e também a maior quantidade de peixes”, revela.
Esta modalidade de censo é a primeira do país. O levantamento ainda promete dar um panorama da situação dos rios de Mato Grosso e se a atividade tem influenciado na degradação do pescado. “Se não tem peixe, ele (trabalhador) não está sobrevivendo da pesca”, reflete Lima. O presidente da Federação ainda informa que o censo será importante para se conhecer de perto as dificuldades e os anseios da categoria.
Fonte: Do Diário de Cuiabá