Brasília – Está proibida a coleta de mexilhões, ostras e berbigões (tipo de crustáceo) na região da Baía Sul da ilha de Florianópolis e Ponta do Papagaio, município de Palhoça, em Santa Catarina. A medida é da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, por meio da Portaria n.º 1, publicada na edição de hoje (28) do Diário Oficial da União.
A proibição, retroativa ao dia 22 de janeiro, vale por tempo indeterminado e leva em conta a alta concentração de algas nocivas produtoras de toxina amnésica, também conhecida como ácido domóico, causadora de intoxicação por mariscos.
Da Agência Brasil
Comentário do Guia da Pesca.
Valida a proibição, mas achei interessante a proibição retroativa ao dia 22 de Janeiro.
Quem comeu e ficou doente entre os dias 22 e 28, ficou porque quis, pois a coleta estava proibida.
Quem vendeu entre o dias 22 e 28, pode ser responsabilizado por vender alimento contaminado?
Para efeito informativo, o ácido domóico, que é um contaminante químico dos frutos do mar, pode causar a Toxina Amnésica de Frutos do Mar (ASP – Amnesic Shellfish Poisoning).
A ASP é caracterizada por uma desordem gastrointestinal com vômitos, diarréia, dor abdominal, e por problemas neurológicos com confusão, perda de memória, desorientação, apreensão e coma. A recuperação na ASP é lenta.
O quadro intestinal aparece cerca de 24 horas após a ingestão do produto e o neurológico, 48 horas após.
Todos os seres humanos são suscetíveis às toxinas dos frutos do mar. Pessoas idosas são aparentemente mais suscetíveis aos efeitos neurológicos da ASP e a letalidade é maior em pessoas idosas. Nas áreas onde há relatos de casos, há uma maior proporção de casos entre turistas do que em pessoas nativas o que pode indicar que a população local conheça as precauções para o consumo seguro.