Produto estava descascado e estocado em câmaras frigoríficas em uma casa no Balneário Piçarras
O Ibama apreendeu, ontem, 1,5 mil quilos de camarão que estavam sendo processados em uma empresa de pescados clandestina em Balneário Piçarras. Além de não ter licença para estocar, processar e vender o produto, Patrícia de Oliveira, que assumiu a propriedade do camarão, foi autuada em flagrante por crime ambiental e recebeu multa de R$ 31,5 mil.
A pesca do camarão está proibida em Santa Catarina desde 1º de março, quando começou o período do defeso, que termina em 31 de maio. De acordo com o fiscal Márcio Burgonovo, o Ibama chegou ao local após denúncias anônimas.
A empresa funcionava em uma casa na Rua João Gregório, Bairro Nossa Senhora da Paz. A dona da casa tentou impedir a entrada dos agentes, conforme Burgonovo:
– Tinha um pit bull solto no quintal e a proprietária afirmou que não iria prendê-lo. Além disso, a Polícia Militar foi chamada por ela para impedir nossa ação. A empresa não tem qualquer documento para a atividade e estava beneficiando o camarão, limpando e descascando, para depois vender o produto.
O camarão apreendido estava descascado e estocado em caixas dentro de duas câmaras frigoríficas. Burgonovo explica que a pesca de camarão em época de defeso constitui crime ambiental, e a proprietária, se for condenada, pode pegar de um a três anos de detenção.
Conforme o Ibama, esta foi a maior apreensão de camarão ocorrida no Estado desde o início do defeso. Ontem à tarde, o produto apreendido foi doado para cinco entidades da região. No início da manhã, o Ibama apreendeu 200 quilos do crustáceo em outra empresa do balneário. A carga foi doada para a Apae de Piçarras.