Países ricos afirmam que não darão um cheque em branco para que Brasil e outros países emergentes possam subsidiar seu setor de pesca e financiar a construção de navios.
Brasil e Argentina apresentaram na Organização Mundial do Comércio (OMC) proposta para permitir que emergentes subsidiem a pesca e desenvolvam frotas nacionais, ao mesmo tempo em que acabaria com o direito de os países ricos financiarem com recursos públicos o setor.
A questão dos subsídios à pesca é um dos pontos centrais do debate sobre as novas regras para o comércio internacional e o processo em Genebra definirá como vai funcionar o setor pesqueiro na próxima década.
Segundo entidades não-governamentais como a Oceana, países ricos distribuem cerca de US$ 30 bilhões por ano para o setor, levando a uma exploração dos mares que pode impedir que os estoques sejam recompostos.
Países como Estados Unidos e Nova Zelândia defendem a eliminação total dos subsídios. No outro extremo, japoneses e europeus querem a manutenção de parte da ajuda. O Brasil, com a Argentina, defende o fim dos subsídios apenas para os ricos. Os dois querem manter uma série de privilégios, como a assistência a comunidades de pescadores. Mas o ponto principal é impedir que a OMC estabeleça um limite ou simplesmente acabe com estratégias como o Profrota, programa do governo brasileiro que vai financiar, nos próximos dois anos, a construção e a modernização de embarcações e frota pesqueira no País.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo