Objetivo maior do projeto é colher informações sobre a criação da espécie para que possamos aumentar a produtividade dos piscicultores
O Projeto Bijupirá desenvolvido pela Bahia Pesca – empresa vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri) – e considerado referência nacional, na reprodução da espécie em cativeiro, está entrando na segunda fase. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) concedeu a licença ambiental para que os peixes sejam colocados em tanques-rede na Baía de Todos-os-Santos.
“A primeira fase foi realizada em laboratório da fazenda experimental e obteve grande sucesso. Temos capacidade de produzir até um milhão de bijupirás por ano. Agora vamos dar o próximo passo, que é fazer a engorda em mar aberto”, explica o assessor de projetos institucionais da empresa, Gitonilson Tosta.
A nova etapa será implementada até junho numa unidade demonstrativa de engorda, próxima à Ilha dos Frades, constituída de dois tanques-rede com 1.100m³ cada.
No local serão desenvolvidos estudos de impacto ambiental e sobre o ‘comportamento’ dos bijupirás em cativeiros, formação de mão de obra para novos projetos na área e acesso de visitantes, de modo a incentivar a piscicultura marinha no estado.
“Não temos no Brasil informações confiáveis sobre a criação de bijupirás. Então o projeto preencherá esta lacuna”, afirma o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli.
Os alevinos ficarão nos tanques por cerca de 12 meses, período no qual devem alcançar até seis quilos. A unidade demonstrativa produzirá até 25 mil quilos de peixe por ano.
Segundo Albagli, “o objetivo maior do projeto é colher informações sobre a criação da espécie para que possamos aumentar a produtividade dos piscicultores e reduzir o esforço de pesca sobre os cardumes costeiros”,
Nutrientes para a boa saúde
O bijupirá é rico em proteínas, omega-3, omega-6, taurina, ornitina, vitamina E e outros nutrientes importantes para a boa saúde. A elasticidade da textura, a cor branca e o sabor suave fazem do bijupirá um dos melhores peixes para a culinária japonesa e diversos outros pratos.
“É uma das espécies mais promissoras para a aquicultura marinha mundial, por apresentar elevadas taxas de crescimento, baixa mortalidade e alta conversão alimentar, além de grande demanda de mercado”, diz o presidente da Bahia Pesca.