Eles crescem, se tornam reprodutores, mantendo o ciclo e consequentemente o equilíbrio ambiental
A Secretaria Estadual da Agricultura, por meio da Bahia Pesca, fez, nesta terça- feira (29), o repovoamento de 1,2 milhão megalopas (caranguejos na segunda fase de desenvolvimento, medindo apenas meio centímetro), num manguezal em Santo Amaro da Purificação. Os filhotes foram cultivados no laboratório da empresa na fazenda Oruabo, no município.
A tecnóloga em aquicultura, Eliane Hollunder, responsável pelo Laboratório de Reprodução de Caranguejo, explica que o objetivo é a defesa do meio ambiente. “Eles crescem, se tornam reprodutores, mantendo o ciclo e consequentemente o equilíbrio ambiental.”
Dentre as fêmeas capturadas são escolhidas, por meio de avaliação técnica, as que toleram melhor o manejo. Elas são desinfectadas com formalina e alimentadas com micro-crustáceos e algas. Segundo Eliana, além dos predadores, em 1997 um fungo provocou a mortandade de caranguejo em vários estados do País, atingindo os manguezais de Canavieiras em 2007. “Por isso, o repovoamento é muito importante.”
O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, acompanhou o evento e destacou a importância deste trabalho, que integra um conjunto de ações em defesa do meio-ambiente. “A gente faz palestras e distribui materiais impressos em escolas e outras entidades explicando várias questões, a exemplo do tamanho mínimo permitido para o caranguejo ser capturado, que é de cinco centímetros. Até chegar a este tamanho, o crustáceo leva cinco anos”.