Ao longo das margens do rio era possível ver uma grande quantidade de peixes boiando
O apagão que aconteceu nesta terça-feira (10) durou aproximadamente 100 minutos, tempo suficiente para causar vários transtornos e problemas a Cidade. Além de acidentes, aulas canceladas, interrupção do funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, a falta de energia causa um impacto muito maior, a mortalidade de peixes no rio Paraná no Jupiá.
Por volta das 21h10min, o blecaute foi generalizado na cidade, incluindo a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá). De acordo com o presidente do bairro Jupiá, Gilmar do Leite (Gil do Jupiá), logo que a energia foi restabelecida muitos pescadores, preocupados com a baixa do nível do rio, percorreram o leito para verificar possíveis problemas. “Quando nós chegamos a cena era desoladora, um mar de peixes mortos. Já sabíamos que era por conta da falta de energia, já que as turbinas param de funcionar e o nível do rio baixou. Nas épocas de apagão era assim”, lamentou.
Em toda extensão era possível ver peixes de diversas espécies boiando. A maioria concentrada as margens do rio.
“Tenho certeza que mais de uma tonelada de peixes morreram ontem. A noite o rio virou um mar branco. Nós vimos quando o rio começou a baixar, foram mais de dez metros depois da margem. A concentração de vários peixes em um espaço pequeno já denotam a alta mortalidade”.
Onde as águas estavam paradas os peixes podiam ser vistos com facilidade. Gil comentou que agora a principal questão é quem realmente será responsabilizado pelo impacto. “A vida inteira eles [Cesp] acusaram o pescador de acabar com o meio ambiente. Sempre fomos taxados como os grandes vilões da histórias, agora quero saber de quem é a responsabilidade. Num caso desse eles mataram muito mais do que a gente, que pesca para sobreviver”.