O armazenamento de sardinha em frigoríficos de carne que estejam ociosos, a venda direta ao consumidor e o semi processamento antes da venda às indústrias são algumas das alternativas que serão analisadas para contornar o problema atual de armazenagem do produto. As propostas foram feitas pelo setor durante reunião com o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, em Itajaí nesta quinta-feira (14/08) para melhorar o aproveitamento da captura da espécie.
Após uma forte redução dos estoques de sardinha na costa brasileira, quando chegou a uma produção de apenas 17 mil toneladas em 2000, a espécie vem se recuperando ano a ano e poderá chegar em dezembro com potencial de captura de mais de 90 mil toneladas. Esse aumento, no entanto, corre o risco de não ser aproveitado pelos pescadores devido à limitação da capacidade de armazenamento das indústrias que não estavam preparadas para essa ampliação de oferta.
A venda direta de sardinha ao consumidor, através das Centrais de Comercialização de produtos agrícolas (CEAGESP e Ceasa) também serão avaliadas por uma comissão formada por representantes das indústrias beneficiadoras, armadoras da pesca, empresas de pesca e governo para que o aumento da oferta seja melhor aproveitado. Segundo Altemir Gregolin, o mercado consumidor de sardinha em todo o país é bastante elástico, ou seja, absorve qualquer aumento da produção.
No próximo mês, o grupo de trabalho reúne-se novamente para discutir a viabilidade das propostas apresentadas e colocar em prática as medidas de ampliação da oferta. O governo vai estudar também a possibilidade de liberar créditos para que as indústrias possam amplia a capacidade de armazenamento de forma a absorver o aumento da produção.
Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA