Polícia Ambiental apreendeu os equipamentos às margens da represa.
No segundo dia de expedição do flutuador pela Represa Paiva Castro, em Mairiporã, nesta terça-feira (4), houve uma apreensão de produtos de caça e pesca no Parque Estadual do Juqueri.
Ilha, pouca mata e água barrenta. Apesar da aparência, índices bons de oxigênio em toda a viagem, com média de 6,5 mg/l. Foi a única boa notícia do dia. No fim da jornada, outro barco chamou a atenção.
A Polícia Ambiental apreendeu equipamentos de um acampamento pronto para caça e pesca em um parque ecológico às margens da represa. Tinha material de pesca, como uma rede de malha pequena, que pega peixes menores, alimentos, muito lixo, duas barracas, roupas, colchões e cobertores. O que mais chamou a atenção, no entanto, foi a cabeça de um macaco.
Com o apoio da Polícia Ambiental e da Sabesp, a equipe foi até o local do acampamento debaixo de forte chuva. O Parque Estadual do Juqueri fica num braço da represa em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Parece intocável até que o policial sinaliza o local do acampamento.
Só dá para chegar de barco e, mesmo assim, as árvores que caem sobre a água da represa ajudam a esconder o lugar. Há um tipo de uma pontezinha que é bastante lameada e é necessário ir com calma. Há no local uma escada, mostrando que eles fizeram realmente uma estrutura de acampamento. Os caçadores colocaram comida no canto para atrair os animais.
“A caça é utilizada como um esporte, uma maneira de se autoafirmar sem consciência nenhuma”, diz o policial militar Antonio Siqueira.
Eles fizeram trilhas para ir mata adentro e poder caçar no parque estadual. Perto de todo o acampamento montado, o que se percebe é a devastação. O local, repleto de plantas que foram devastadas, levará anos para se recuperar.
Do G1 SP