Campo Grande (MS) – Considerada guardiã ambiental do Estado de Mato Grosso do Sul, a Polícia Militar Ambiental atua desde 1987 realizando a fiscalização ambiental em todo o Estado. Distribuída em 22 unidades sediadas nos principais municípios, a PMA atua na área de prevenção a crimes ambientais, além da fiscalização ambiental diária em todos os municípios do Estado.
Com um efetivo de 380 homens e através de convênios administrativos com órgãos ambientais federais e estaduais, a PMA tem confeccionado em média 1.800 autos de infração por ano em todo Mato Grosso do Sul. “Considerando que o Estado recebe milhares de turistas durante todo o ano, o índice de pesca predatórias e infrações ambientais, principalmente na região de fronteira, é grande”, revela o coordenador de Educação Ambiental da PMA, capitão Ednilson Queiroz.
Segundo o capitão Ednilson, entre essas infrações, são comuns as apreensões de peixes capturados com petrechos proibidos entre outras infrações que não se restringem somente à pesca. Também são comuns infrações relativas ao desmatamento, caça e queimadas em áreas rurais do Estado. Segundo estatísticas, só no ano passado, foram apreendidas 288 espécies de animais, principalmente o papagaio e o cardeal.
Para coibir a caça ilegal, pesca predatória, desmatamento e poluição, através de convênios com órgãos ambientais, realiza várias vistorias e perícias as quais têm gerado diversos termos de ajustamento de conduta e, consequentemente, de recuperação ambiental. ”Durante fiscalização na piracema, no rio Paraguai, São Lourenço e Piquiri, é utilizada a embarcação ambiental que comporta cerca de 18 pessoas servindo de base para três equipes que utilizam barcos menores, adaptados a cada área a ser fiscalizada”, observa o capitão.
De acordo com o capitão, a fiscalização preventiva tem sido prioridade da Polícia Ambiental. São montados postos fixos, nas principais cachoeiras e corredeiras nos rios do Estado, permeando o total de dez postos. “Esses locais são pontos cruciais para a fiscalização, pois quando os cardumes chegam no local, os pescadores retiram facilmente grandes quantidades de peixes, usando petrechos proibidos de malha (redes e tarrafas)”.
Projeto
De acordo com o capitão Queiroz, até dezembro deste ano, a PMA deve receber uma lancha especializada na fiscalização que deve atuar na região de fronteira. A lancha é fruto de um projeto elaborado pela Polícia Ambiental e enviado para o Ministério da Pesca. “Montamos um projeto que detalhou e mostrou um grande índice de pesca predatória em todo o Estado, principalmente na região de fronteira”, explica o capitão.
Segundo o capitão Queiroz, a unidade móvel irá facilitar o trabalho e atuação da PMA na região de fronteira. Além de alcançar a velocidade de 40km/horas, a lancha oferece cozinha e dormitórios que comportam cerca de 12 soldados. “Os policiais terão menos desgaste, mais segurança e conforto para realizar um boa fiscalização em áreas de risco como a fronteira com a Bolívia, Paraguai e a divisa com Mato Grosso”, conclui.
Denúncias
Polícia Militar Ambiental disponibiliza um telefone para receber denúncias de crimes ambientais: (67) 3314-4920. Segundo a PMA, as denúncias são responsáveis por grande parte das apreensões. É importante unir as ações de fiscalização nos rios com a colaboração da população através de denúncias de agressão ao meio ambiente.
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