Pescado comercializado no Rio terá melhor qualidade com Terminal

A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira (20/05) uma audiência pública para discutir a construção do Terminal Pesqueiro Público do estado que será instalado na Ribeira, Ilha do Governador, e deverá beneficiar milhões de cariocas e fluminenses com a melhoria da qualidade do pescado comercializado no Rio e nos municípios próximos a baía de Guanabara. O projeto foi apresentado aos moradores da região onde se localizará o Terminal pelos técnicos do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Participaram do evento vários moradores favoráveis à instalação do Terminal que deverá movimentar a economia do bairro, hoje considerado pelos próprios moradores como bairro-dormitório por falta de empreendimentos na região que possam absorver a mão de obra local. Moradores da Ribeira, contrários ao projeto, também estiveram no evento e ouviram os esclarecimentos de como será o funcionamento do Terminal.

Os técnicos do MPA explicaram que o Terminal Pesqueiro Público do Rio de Janeiro (TPP) está sendo projetado sob uma concepção moderna levando em conta a construção de outras estruturas semelhantes no mundo. O TPP do Rio não terá nada que possa lembrar o antigo Terminal e mercado de peixe da Praça XV cujos problemas, como mau cheiro e sujeira, ainda permanecem vivos na lembrança do carioca. Com o novo terminal, a qualidade do pescado ao consumidor final estará plenamente assegurada.

Ao custo de R$ 48 milhões, oriundos de recursos orçamentários do Ministério da Pesca e Aquicultura, TPP terá um cais de 110 metros para desembarque de pescado com área coberta planejada para acondicionamento dos peixes assim que chegarem ao Terminal. Dentro dessa estrutura, o pescado será apenas selecionado e lavado, não sendo eviscerado, o que evitará a produção de resíduos sólidos. Após essa etapa, o pescado vai para a área seguinte em direção ao interior do Terminal, também coberta, onde será comercializado e embarcado em caminhões frigoríficos.

Todo o processo, desde o desembarque até ser levado aos caminhões, será feito em área coberta o que evitará a exalação de qualquer tipo de odor. Além disso, o fato de não ser feita a evisceração no local, evitará a produção de resíduos sólidos e consequentemente, não haverá atração de insetos e outros animais indesejáveis. As aves, por conta disso, também não serão atraídas para o local evitando problemas com os aviões que pousam e decolam nos aeroportos próximos.

O TPP do Rio terá ainda um restaurante panorâmico voltado para a baía de Guanabara e que poderá se tornar uma referência gastronômica na região e até mesmo estimulando outros investimentos semelhantes, já que matéria prima de excelente qualidade estará disponível com boa oferta de quantidade. O fato de possuir um restaurante dentro de suas instalações significará também um verdadeiro atestado de ausência de impactos de toda ordem nas atividades do Terminal.

O projeto do TPP tem como objetivo melhorar a qualidade do pescado comercializado no Rio de Janeiro e municípios adjacentes à baía de Guanabara, pondo fim aos desembarques clandestinos que existem hoje em vários locais e no desembarque na Ilha da Conceição, em Niterói, conhecido como “88” em referência a antiga fábrica de sardinhas de mesmo nome que funcionava no local. Esses desembarcadouros não possuem a infraestrutura necessária para manter o pescado em boas condições até chegar ao consumidor final, além de procedimentos inadequados de higiene. Com o novo Terminal, o consumidor carioca terá à sua disposição produtos de excelente qualidade.

O novo Terminal Pesqueiro do Rio será construído numa área do Ministério da Pesca e Aquicultura na Ilha do Governador, na Ribeira, com 24 mil m² que pertencia a BR Distribuidora. O Rio de Janeiro é o terceiro maior produtor de pescado do Brasil, com cerca de 75 mil toneladas/ano, ficando atrás de Santa Catarina e Pará, respectivamente primeiros e segundos produtores nacionais. O Rio, no entanto, é o maior consumidor de pescado do país, inclusive de importados.

MPA

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um comentário

  1. Esse terminal pesqueiro não é desejado pela população da Ilha do Governador. Só trará poluição, engarrafamento e colocará em risco o tráfego aéreo, já que o local escolhido é rota de aviões do Galeão e Santos Dumont. As ruas estreiras e sinuosas não comportam este tipo de megaprojeto. Ademais, o bairro é residencial, não se pode imaginar uma atividade desse porte vizinho a diversas residências. Há casas literalmente coladas ao local do empreendimento. Não bastasse, a quantidade de empregos é mentirosa. Na audiência públicia, o Sr. Jaime Tavares retratou-se dizendo os dez mil empregos outrora prometidos, na verdade, não passam de 300. Por outro lado, não haverá venda de peixes à varejo. A população não comprará peixe no local. O que a população da Ilha ganha????

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